Paris, capital do pronto a vestir em crise

Paris, capital do pronto a vestir em crise

RFI Português
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Arrancou a 28 de Fevereiro, a Fashion Week de Paris. Para os estilistas, é uma oportunidade para lançar as novas colecções e mostrar o seu talento criativo. Mas a Semana da moda mostra apenas uma vertente do sector. Até em França, país muito ligado no imaginário colectivo a alta costura, o consumo de roupa é essencialmente no ramo do pronto a vestir. Caroline Kloibhofer, que trabalha hà 15 anos na aérea da produção em empresas têxteis analisa a situação de crise que conhece a França.

No nosso magazine Vida em França, falamos de produção têxtil para o mercado francês e do consumo de roupa neste país com Caroline Kloibhofer que trabalhou na aérea da moda de luxo em casas como Louis Vuitton ou Chanel, como de pronto a vestir como Eden Park e Father’s and Sons, duas marcas francesas de roupa masculina.

Para abordamos a questão do mercado francês, ela evoca a crise do pronto a vestir que provocou a falência de marcas francesas de pronto a vestir desde 2023. Aponta a mudança de hábitos depois da crise do COVID com mais compras na internet e menos nas lojas físicas.

Não é por ser um producto chinês que é de péssima qualidade. Isto é mais complexo. 

A produção em França é um fenómeno muito limitado jáque existem poucas fábricas e que os consumidores não estão dispostos a pagar preços elevados. Além disso, certas técnicas só são dominadas por países como o Japão, principalmente quando se trata de têxteis técnicos.

O mercado da roupa de segunda mão està a desenvolver-se, reduzindo cada vez mais o pedido de roupa nova.

Segundo o Instituto Francês da Moda,… nos últimos 10 anos,… as marcas de pronto a vestir de média gama sofreram uma quebra média no valor das vendas de 5% por ano…  O mercado está cada vez mais sob pressão da inflação (há quem renuncie em comprar roupa) e também da maior preocupação com o meio ambiental.