GRANDE ESPERANÇA [Goiá / Francisco Lázaro, Zilo e Zalo]
A classe roceira e a classe operária Ansiosa espera a Reforma Agrária Sabendo que ela dará solução Para a situação que está precária Saindo o projeto do chão brasileiro E cada roceiro plantar sua área Sei que na miséria ninguém viveria E a produção já aumentaria Quinhentos por cento até na pecuária
Esta grande crise que há tempos surgiu Maltrata o caboclo ferido em seu brio Dentro de um país rico e altaneiro Morre brasileiro de fome e de frio Em nossa Manchester rica em imóveis Milhões de automóveis já se produziu Enquanto o coitado do pobre operário Vive apertado ganhando o salário Que sobe depois que tudo subiu
Nosso lavrador que vive do chão Só tem a metade da sua produção Porque a semente que ele semeia Tem que ser à meia com seu patrão O nosso roceiro vive num dilema E o seu problema não tem solução Porque o ricaço que vive folgado Acha que o projeto se for assinado Estará ferindo a Constituição
Mas grande esperança o povo conduz Pedir a Jesus pela oração Pra guiar o pobre por onde ele trilha E para a família não faltar o pão Que Ele não deixe o capitalismo Levar ao abismo a nossa Nação A desigualdade que existe é tamanha Enquanto o ricaço não sabe o que ganha O pobre do pobre vive de tostão. PROBLEMATIZANDO! 1) – Porque “a classe roceira e a classe operária” ansiosas esperam pela Reforma Agrária? 2) – A Reforma Agrária é verdadeiramente a solução para o problema da miséria no campo e na cidade? Justifique sua resposta. 3) – Por que os autores desta música afirmam categoricamente que a Reforma Agrária aumentaria a produção de alimentos em 500% até na pecuária? 4) – Como é possível que “dentro de um país rico e altaneiro, morre brasileiro de fome e de frio”? O que há, então, de muito errado pra que isso aconteça? 5) – Qual a crítica que os autores fazem ao sistema de produção rural através dos meeiros? É um sistema justo ou injusto? Qual é o seu entendimento sobre esta questão? 6) – Somente Jesus, o Cristo, tem o poder, através de nossa intercessão por meio da oração, de evitar que “o capitalismo [leve] ao abismo a nossa Nação? Ou nós, enquanto povo unido, também podemos evitar isso? 7) – O que nós, enquanto cidadãos e cidadãs, podemos fazer, senão para acabar com tamanha desigualdade que, “enquanto o ricaço não sabe o que ganha, o pobre do pobre vive de tostão” pelo menos tentar diminuir esse abismo entre os (as) trabalhadores (as) que vivem de salários mínimos e os ricos que vivem de rendas. Apresente e discuta algumas propostas viáveis, exequíveis! 8) – Retome o episódio de nº 09 do Podcast Filosofia nas Redes ancorado na Rádio Lula Falcão do App Zeno e na plataforma Sound Cloud https://soundcloud.com/otavio-candido-silva-jr/2021_07_22_00_00_56a?in=otavio-candido-silva-jr/sets/filosofia-politica-atraves-de em que discutimos a música “Uns Iguais aos Outros” dos Titãs e faça uma comparação estabelecendo as semelhanças e diferenças entre ela e a letra desta canção que estamos a trabalhar hoje. 9) – Afinal, a grande esperança de que nos fala esta canção é uma utopia ou não? Discuta o sentido de utopia pra você. 10) – Qual a grande mensagem que a letra desta música nos deixa?
Participação mais do que Especial do Carlos César Rocha da Silva, o Carlão, Técnico em Desenvolvimento Agrário da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo "José Gomes da Silva" (F-ITESP) no Grupo Técnico de Campo (GTC) de Araraquara - SP e Diretor da Associação dos Funcionários da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo "José Gomes da Silva" (AFITESP)