Jogos Olímpicos e Paralímpicos iluminaram o ano desportivo na cidade luz
27 December 2024

Jogos Olímpicos e Paralímpicos iluminaram o ano desportivo na cidade luz

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O ano desportivo de 2024 ficou marcado por vários eventos relevantes, no entanto os mais marcantes acabaram por ser os Jogos Olímpicos e Paralímpicos que decorreram em Paris, a capital francesa.

Juntamente, as duas competições são as mais vistas no mundo e em 2024 isso não fugiu à regra. Todos os olhos estavam postos em Paris durante todo o Verão europeu, de Julho até Setembro.

O primeiro evento foram os Jogos Olímpicos em que a nação com o maior número de medalhas foram os Estados Unidos com 126, no entanto no que diz respeito apenas às medalhas de ouro, os norte-americanos partilharam a liderança com a China, conquistando ambos 40 medalhas desse prestigioso metal.

No que diz respeito aos países lusófonos, o Brasil terminou no 20° lugar com 20 medalhas, contabilizando três de ouro, sete de prata e dez de bronze.

Portugal ficou na 50ª posição com quatro medalhas, contabilizando uma de ouro, duas de prata e uma de bronze.

Por fim, Cabo Verde aparece pela primeira vez nesta classificação com uma medalha de bronze, a primeira medalha na história dos cabo-verdianos nos Jogos Olímpicos.

O atleta que conquistou a medalha de bronze foi David de Pina no boxe na categoria de menos de 51 quilos.

Em entrevista exclusiva à RFI, Bruno Carvalho, treinador português de David de Pina, realçou o excelente desempenho do seu atleta, mas lembrou que para chegar a este nível são necessários meios financeiros.

Ao microfone da RFI, Bruno Carvalho também fez um balanço geral dos Jogos Olímpicos em Paris e mais especificamente da modalidade do boxe.

Bruno Carvalho, treinador português de David de Pina, atleta que conquistou a primeira medalha para Cabo Verde nos Jogos Olímpicos.

De notar ainda que todos os países da África Lusófona tiveram representantes em Paris: Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

No que diz respeito aos Jogos Paralímpicos, a China acabou por esmagar a concorrência com 220 medalhas, inclusive 94 de ouro.

O Brasil terminou no quinto lugar com 89 medalhas, contabilizando 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze.

Portugal ficou na 43ª posição com sete medalhas, contabilizando duas de ouro, uma de prata e quatro de bronze.

Todos os países da África Lusófona estiveram presentes, mas sem nenhuma medalha conquistada.

A próxima edição dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos será em 2028 em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Passamos para o futebol africano,

Em 2024 decorreu o Campeonato Africano das Nações com a presença inédita de quatro países lusófonos: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique.

Os guineenses e os moçambicanos ficaram pela fase de grupos, enquanto Cabo Verde e Angola foram eliminados nos quartos-de-final. Um feito inédito para ambas as selecções neste formato com 24 equipas em que depois da fase de grupos temos os oitavos-de-final, um jogo a mais em relação às edições em que havia apenas 16 nações presentes.

A RFI falou com o antigo futebolista angolano, Cláudio Ricardo Borges, para fazer o balanço de 2024 em que os Palancas Negras fizeram história no CAN.

Angola terminou no primeiro lugar no Grupo D com sete pontos, antes de vencer pela primeira vez um jogo na fase de eliminação directa com um triunfo por 3-0 perante a Namíbia, isto antes de perder por 0-1 perante a Nigéria.

Cláudio Ricardo Borges, de 41 anos, dirige as academias Boost Campus Academy em território luso.

O antigo defesa explicou-nos como têm evoluído as academias em que até jogadores profissionais passam como o internacional angolano Gelson Dala.

Recorde-se que enquanto jogador, Cláudio Ricardo Borges representou o Petro de Luanda, o Kabuscorp, o Benfica de Luanda, a Académica do Lobito e o Bravos do Maquis em Angola, e igualmente o Leça, o Limianos, o Macedo de Cavaleiros, o Freamunde e o Marinhas em Portugal.

De notar que em 2025 em Marrocos, a África Lusófona vai contar com duas nações lusófonas: Angola e Moçambique.

 

Para fechar, esta lista não exaustiva, o andebol feminino,

A selecção angolana de andebol feminino venceu pela 16ª vez o Campeonato Africano das Nações que decorreu na República Democrática do Congo. Na final, as angolanas venceram o Senegal por 27-18.

Quinto título consecutivo para Angola no CAN de andebol feminino. Após 2016, 2018, 2021 e 2022, as angolanas venceram a 26ª edição que decorreu na RD Congo.

Com este triunfo, Angola apurou-se para o Campeonato do Mundo da modalidade que vai decorrer em 2025 na Alemanha e nos Países Baixos.

Quinto título consecutivo, mas sobretudo 16° troféu conquistado em 26 edições. Aliás, o feito é ainda mais histórico para as angolanas que arrecadaram 16 dos últimos 19 torneios realizados, falhando apenas em 1991 com o triunfo nigeriano, em 1996 com a vitória marfinense, e em 2014 com a conquista tunisina.

De referir ainda que a selecção cabo-verdiana também participou no CAN de andebol feminino, terminando no 10° lugar, na terceira participação na prova.

Chegamos assim ao fim deste Balanço Desportivo 2024. O ano de 2025 será ainda intenso a nível de competições com o Campeonato Africano das Nações de futebol, o Campeonato do Mundo dos Clubes de futebol ou os Campeonatos do Mundo de Andebol Masculino e Feminino com representantes lusófonos em todas as vertentes.