“Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo até sete, mas até setenta vezes sete.” Orei profundamente para compreender este conselho intransigente. “Senhor”, protestei, “é isso possível?” Quando a voz divina finalmente respondeu, trouxe, numa torrente de luz, uma renovação de humildade. “Quantas vezes por dia, ó Homem, eu perdoo a cada um de vocês?”
Assim como Deus está constantemente nos perdoando, mesmo conhecendo todos os nossos [maus] pensamentos, aqueles que se encontram em total sintonia com Ele sentem naturalmente o mesmo amor.
Em seu coração precisa brotar aquela simpatia que aplaca todas as dores dos corações alheios, aquela mesma simpatia que possibilitou a Jesus dizer: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Seu imenso amor abrangia tudo. Ele poderia ter destruído seus inimigos com um olhar. Entretanto, assim como Deus está nos perdoando ininterruptamente, embora conheça todos os nossos maus pensamentos, essas grandes almas que estão em sintonia com Ele também nos dão esse mesmo amor.”
Paramahansa Yogananda