21 August 2024
Antivacinas: o limite entre o direito individual e o coletivo
As críticas às vacinas, muito influenciadas pela disseminação de notícias falsas, sem comprovação científica e, até mesmo, com cunho político, afetaram diretamente a imunização contra várias doenças no Brasil. Conhecido mundialmente pela grande cobertura vacinal, o país viu nos últimos anos esses números despencarem.// Mas e do ponto de vista legal, uma pessoa pode se negar a tomar uma vacina? Quais os limites entre o direito individual e o coletivo? É sobre a transversalidade desses direitos que conversei com um procurador de justiça, infectologistas e também pessoas que hesitam em seguir todas as recomendações quando o assunto é imunização ou tem resistência com as campanhas. Pesquisa divulgada pela Comissão da Saúde do Conselho Nacional do Ministério Público, sobre consciência vacinal, mostra que entre as pessoas que se informam sobre saúde e vacinação por meio de redes sociais e whatsapp, uma a cada cinco já decidiu não tomar a vacina ou não levar uma criança para se vacinar após ler uma notícia negativa nessas plataformas./ Já levantamento realizado pelo IBGE, em parceria com o Ministério da Saúde, apontou que 25% dos que não tomaram a vacina contra a covid alegaram que não fizeram por três motivos: não achar necessário, tomaram as doses que acreditavam ser suficientes ou não confiavam no imunizante.