Tim Keller diz que geralmente, o moralismo transforma os relacionamentos em jogo de culpas. Isso acontece quando o moralista fica traumatizado por críticas severas e reage preservando uma autoimagem de pessoa boa ao culpar os outros. O moralismo também pode levar as pessoas a buscar amor como forma de ganhar a salvação; ao receberem amor, elas se convencem de que são valiosas. Isso, por sua vez, quase sempre cria uma codependência: você precisa se salvar salvando os outros.
Por outro lado, o excesso de relativismo reduz o amor a uma parceria negociada de benefícios mútuos. Você se relaciona enquanto não lhe custar nada. Sem o evangelho, a decisão é usar os outros de modo egoísta ou deixar-se usar pelos outros de modo egoísta. O evangelho não nos induz a nenhuma dessas duas posturas.
De maneira abnegada, sacrificamo-nos e nos comprometemos, mas não por necessidade de convencer a nós mesmos ou aos outros de que somos aceitáveis. Podemos amar alguém o suficiente para confrontar essa pessoa, mas continuamos ao seu lado mesmo quando isso não nos beneficia.