
Episódio 46 – Nada nos separará do amor de Cristo (Rm 8,28-39)
Orações, Espiritualidade e Fé
Com o coração tomado pela certeza da fidelidadedivina, damos início ao 46º episódio do nosso caminho com a Palavra no projeto Vivendoo Mês da Bíblia 2025: “A esperança não decepciona” (Rm 5,5). Chegamos agoraao ápice espiritual da Carta aos Romanos, onde Paulo proclama com vigore ternura que **nada — absolutamente nada — pode nos separar do amor de Deusmanifestado em Cristo.
O trecho começa com uma afirmação que se tornou umadas mais consoladoras de toda a Bíblia:
“Sabemos que tudo concorre para o bemdaqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio.”(v.28)
Essa verdade é o alicerce da esperança cristã: mesmoo que parece incompreensível, mesmo a dor, mesmo o silêncio de Deus — tudo étransformado por Ele em bem. Para quem ama a Deus, nada é perdido.
Paulo então apresenta uma cadeia de salvação,mostrando que o plano de Deus é antigo, firme e fiel:
– Ele nos conheceu de antemão,
– Nos predestinou a ser semelhantes a Cristo,
– Nos chamou,
– Nos justificou,
– E nos glorificou (v.29-30).
Tudo isso já é visto como realidade — mesmo a glória,ainda futura, é anunciada no passado, porque Deus já a decidiu para nós.
Diante disso, Paulo pergunta com ardor:
“Se Deus é por nós, quem será contra nós?”(v.31)
E continua:
“Aquele que não poupou o próprio Filho,mas o entregou por todos nós, como não nos dará com Ele todas as coisas?”(v.32)
Aqui está a prova definitiva do amor de Deus: Elenos deu o seu Filho. O que mais poderia nos negar?
A cruz é a garantia de que Deus está do nosso lado, sempre.
Paulo então imagina uma espécie de julgamento, eresponde a cada acusação com a força da fé:
– “Quem acusará os escolhidos de Deus?”
– “É Deus quem justifica.”
– “Quem condenará?”
– “Cristo Jesus, que morreu, que ressuscitou e intercede por nós!”(v.33-34)
Ou seja, não há mais espaço para medo, paracondenação, para desespero.
Estamos nas mãos de um Deus que ama até o fim.
E finalmente, ele proclama com fervor:
“Quem nos separará do amor de Cristo?”
Tribulação? Angústia? Perseguição? Fome? Nudez? Perigo? Espada? (v.35)
Não! Nada disso nos separa. Pelo contrário, em tudoisso somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou. (v.37)
E então vem a proclamação final:
“Tenho certeza de que nem morte, nem vida,nem anjos, nem principados, nem presente, nem futuro, nem poderes, nem altura,nem profundidade, nem criatura alguma poderá nos separar do amor de Deusmanifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (vv.38-39)
Esta é a vitória da esperança:
– Não está baseada em sentimentos voláteis,
– Nem em circunstâncias externas,
– Mas na fidelidade eterna de Deus.
Aplicação à vida:
Você já se sentiu separado de Deus por causa da dor, do pecado, da culpa ou domedo?
Escute Paulo: nada pode te separar do amor de Cristo. Nada. Nem opassado, nem o presente, nem o futuro.
O amor de Deus é mais forte que tudo.
Palavra de esperança:
Você é amado. Radicalmente amado. Incondicionalmente amado.
E esse amor te sustenta, te levanta, te guarda.
A esperança não decepciona porque o amor de Deus jamais falha.
Oremos:
Senhor Jesus, obrigado por nos amares com um amor que nada pode destruir. Quepossamos viver confiantes nesse amor, mesmo nas tempestades. Que a certeza daTua fidelidade nos mantenha firmes na esperança, até o dia em que Te veremosface a face. Amém.
No próximoepisódio: “Israel e a fidelidade de Deus: promessa e mistério (Rm 9,1-29)”.Vamos entrar na parte mais densa da carta, refletindo sobre o lugar de Israelno plano salvífico. Até lá!