O déficit de mulheres na política

O déficit de mulheres na política

G1
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Nas eleições de 2022, o número de candidatas eleitas à Câmara dos Deputados cresceu, mas ainda de forma muito tímida: enquanto as mulheres são 53% do eleitorado, ocupam 17,7% das cadeiras no parlamento. Em 2020, dos 5.560 municípios brasileiros, apenas 677 elegeram prefeitas. São números que classificam o Brasil na 140ª posição entre os 190 países avaliados por um ranking global de representatividade feminina. Os problemas enfrentados por mulheres em cargos políticos, no entanto, são globais: as primeiras-ministras de Finlândia, Nova Zelândia e Escócia, já sofreram com ataques misóginos. Para analisar esse cenário, Natuza Nery conversa com a cientista política Mônica Sodré, diretora executiva da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade. Neste episódio:

- Mônica avalia o peso da violência e da falta de apoio financeiro que as mulheres enfrentam dentro de estruturas partidárias e de poder público - e de que modo as mudanças na legislação vêm ajudando na inclusão de gênero: “Mas ainda não são suficientes”;

- Ela explica que os partidos políticos são “fundamentais para o jogo eleitoral e institucional” da democracia, mas são majoritariamente dirigidos por figuras masculinas: “A primeira barreira é a campanha, a segunda é a eleição e a terceira barreira é dentro do parlamento”;

- A cientista política aponta quais modelos adotados internacionalmente apresentaram resultados melhores na atração e manutenção de mulheres em cargos públicos, e apresenta proposta para garantir espaço a deputadas e vereadoras nas mesas diretoras do Legislativo.