Não podemos começar uma revolução sem dar valor ao humano, diz Tadeu Jungle sobre o metaverso

Não podemos começar uma revolução sem dar valor ao humano, diz Tadeu Jungle sobre o metaverso

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Para o roteirista e diretor de cinema e TV, Tadeu Jungle, o metaverso, na forma como vem sendo falado pelo mercado atualmente, não vai dar certo. Isso porque, na visão de Jungle, entusiasta de tecnologia e diretor do primeiro documentário brasileiro em realidade virtual (“Rio de Lama”, sobre a tragédia em Mariana), o modelo atual tem sido desenvolvido com foco nas empresas e no mercado, deixando de lado os lados humano e social. "Você não pode começar uma grande revolução, um grande mundo, se você começa pelo mercado e não dá valor ao social e ao humano", afirma. "Estamos saindo da pandemia, dois anos olhando para telas, e qual é o novo mundo? Oi? Outro mundo que tenha que ficar sentado olhando para tela? Definitivamente não. A fisicalidade vai ser cada vez mais valorizada. Muitas coisas vão nos mostrar que o físico, o humano, suor, bar, calçada, praia, têm muito valor."

O artista é o convidado do Febraban News para uma conversa com a diretora-adjunta de Mídias Sociais da Febraban, Mona Dorf.

Jungle traz, nesta entrevista, sua visão sobre as novidades do South by Southwest (SXSW), evento de tecnologia e inovação realizado em março, em Austin, nos EUA. Para Jungle, o festival não teve a mesma qualidade de anos anteriores justamente por conta desse hype em cima de metaverso, com as empresas tentando vender soluções para isso. "Assisti a muitas palestras sobre metaverso e não me convenci."

Além do lado humano, Jungle acredita que é preciso que a tecnologia se aprofunde na prática de storytelling, ou seja, contar histórias.

Durante o bate-papo, ele falou ainda sobre seus projetos de realidade virtual e aumentada, os insights para inovação no processo de criação, a evolução da Web 3, e suas novas pesquisas envolvendo inovações em museus. Ouça.