O funeral de Aquiles segue os rituais heroicos consagrados, como os de Pátroclo e Heitor. Mas a tradição pós-homérica confere à cerimônia uma solenidade ainda maior, sustentada pela grandeza do nome de Aquiles e, sobretudo, pelo amor e luto profundos de sua mãe, Tétis. É ela quem imprime ao episódio seu tom melancólico e comovente. Desde o nascimento do filho, Tétis convivia com a certeza de seu destino mortal. Tentou, em várias ocasiões, desviá-lo da morte na guerra – mas falhou. Agora, diante do corpo imóvel de Aquiles, encarna não apenas a dor sem consolo de uma mãe, mas também a premissa implacável de que o destino, uma vez traçado, é incontornável.
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