HQ - M3E16 - Século XIX e o desenvolvimento da Química Orgânica: as teorias radicalar e unitária
15 September 2021

HQ - M3E16 - Século XIX e o desenvolvimento da Química Orgânica: as teorias radicalar e unitária

MMM
About

1831 - Liebig introduz o método de análise orgânica que permaneceu padrão até a micro-análise no Séc XX


1833 - Dumas desenvolve o método para análise de nitrogênio em compostos orgânicos. A análise orgânica básica estava estabelecida


O trabalho de análise de Berzelius fê-lo reconhecer (1814) a lei da composição constante. Ele acreditava que a força vital determinava as características das substâncias.


1823 - Chevreul explicou a natureza das gorduras, a glicerina e o colesterol e criou o método de análise de pureza por ponto de fusão. Tornou claro que uma gordura era ÀCIDO ORGÂNICO + GLICEROL.


A reação de saponificação era análoga à de formação dos sais inorgânicos e que as reações orgânicas eram análogas às dos inorgânicos.


1828 - Whöler descobriu que cianato de amônio podia produzir uréia NH4OCN -> (NH3)2CO (algo que só os animais produziam.


1860 - Berhelot publica seu "Chimie Organique fondée sur la synthese" em que demonstra a possibilidade de síntese de todas as classes de compostos orgânicos a partir de C, H, O, N. 


TEORIA RADICALAR:


de Morveau lanca a ideia de um "radical" ácido (hoje seria a função ácido). Lavoisier adota essa ideia. Or orgânicos a aplicam à Química Orgânica.


Gay-Lussac mostrou que o cianeto (CN-) passava inalterado através de uma série de reações anáogas às do Cl ou I. Ele não se desmanchava, fazia o papel de um átomo único em uma combinação com H (HCN) e com Metais (MCN). Esse conceito de radical como um grupo de átomos que reagiam como uma unidade passou a ser a ideia básica no desenvolvimento da química orgânica.


Gay-Lussac revelou que os radicais podiam ser transferidos como se fossem elementos


Em 1823 Gay-Lussac e Whöler observaram que as análises de fulminatos e cianatos eram análogas.


Os orgânicos agora sabiam que deveriam identificar as funções (radicais) orgânicas e encontrar as relações entre esses grupos que explicassem o isomerismo. E sempre que possível deveriam relacionar as reações orgânicas com as reações inorgânicas.


1828 - Dumas e Polydore Boullay (1806-1835) tentaram explicar as reações do álcool supondo que ele era um hidrato de etileno C4H4*H2O.

éter seria 2*C4H4.H2O, Cloreto de etila C4H4*HCl, Cloreto de Amônio NH3*HCl


Liebig e Whöler estudaram o benzaldeído e descobriram que em todas as reações o grupo C14H10O2 permanecia inalterado


Liebig escreveu o radical benzoyl C7H5O (o radical do ácido benzóico). hyle em grego é material, a terminação -il vem dessa palavra.


Com o acúmulo de evidências experimentais e com o suporte de Berzelius à teoria radicalar, os químicos se lançaram à busca de radicais. Quanto mais tentativas eram feitas, mais confusão se formava. Ele inventou tantos radicais que logo ninguém mais aceitava essas ideias.


1837 - Dumas e Liebig decretaram que os radicais eram a base da orgânica, nela eles eram compostos, na inorgânica eles eram simples.


TEORIA UNITARISTA (ou dos núcleos)


1835-1840 - Laurent explorou a ideia de que os radicais básicos da orgânica eram os hidrocarbonetos e que eles permitiam obter outros radicais por reações de substituição.


As ideias de Laurent alarmaram Berzelius que criticou duramente suas descobertas, fazendo com que Dumas tirasse o corpo fora.


Laurent continuou a acumular evidências que davam suporte à sua visão, mas isso o colocou em choque com Dumas (o maior químico francês), com Berzelius e com Liebig. Ele se envolveu em polêmicas com esses grandes homens.


Laurent dizia que os núcleos podiam reagir e formar núcleos mais complexos (a ideia de uma cadeia carbônica poder derivar diversas outras substâncias estava aqui na teoria unitarista).


1843 - Gerhardt colaborou com Laurent e ajudou a desenvolver a teoria unitária.