HQ - M2E15 - Século XIX:Eletroquímica e Afinidade
08 September 2021

HQ - M2E15 - Século XIX:Eletroquímica e Afinidade

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A Química evoluiu grandemente quando a eletricidade passou a ser utilizada para produzir reações químicas.


A garrafa de Leiden ajudava a gerar centelhas, as quais foram usadas por Priestley, Cavendish e Lavoisier para produzir reações de combustão


Mas foi com a descoberta da eletricidade animal por Luigi Galvani e a explicação física da eletricidade dada por Alessandro Volta e sua pilha voltaica (na qual pilhas de discos de diferentes metais intercalados por discos de papelão embebidoe m solução salina) que as reações eletroquímicas puderam se desenvolver.


Cada laboratório possuía sua própria pilha de Volta, a qual produzia eletricidade com corrente estável e contínuas, com intensidade suficiente para ser usada em experimentos científicos sérios.


Sir Humphry Davy construiu uma pilha com 250 discos metálicos que permitiram a ele eletrolisar soluções salinas de sais de sódio e de potássio.


No entanto, ele descobriu que só podia isolar os metais alcalinos sódio e potássio se eletrolisasse a versão fundida do sal (sal derretido com uma chama muito potente).


Com isso, ele se tornou apto a isolar também Ba, Mg, Ca e Sr, além de conseguir isolar o Boro a partir do ácido bórico e a produzir amálgamas na presença do óxido de mercúrio HgO (usado por Priestley e por Lavoisier para descbrir o oxigênio).


Berzelius realizou reações similares com sais de amônio (NH4+) e ajudou a provar a basicidade da amônio (NH3).


Em 1832, Faraday ajudou a desenvolver uma teoria vital para a Química: a de que a quantidade de substância formada nos eletrodos a partir de uma eletrólise era proporcional ao tempo de reação e à intensidade da corrente elétrica aplicada.


Berzelius, naturalmente, foi contra essa teoria. Mas Faraday ganhou e hoje sua lei é parte dos livros de físico-química.


William Whewell (1794-1866) sugere os nomes ainda em uso hj; eletrodo, ânodo, cátodo, íon, ânion. cátion.


Davy sugeriu que as substâncias químicas tornavam-se eletricamente carregadas qdo se aproximavam e que os compostos se mantinham unidos pela neutralização dessas cargas.


Berzelius decidiu formular sua teoria da afinidade com base nessa "física dos contrários" que as cargas observadas nos pólos sugeriam existir.


Berzelius assumiu que os átomos eram portadores de cargas + e -, exceto o O (o mais eletronegativo). O elemento abaixo era mais eletropositivo que o acima dele. No fundo da tabela ficava o potássio (o mais eletropositivo).


Sempre existia um excesso de eletricidade positiva ou negativa em cada átomo. A formação de compostos químicos gerava neutralização de cargas (cm liberação de luz, calor, faíscas). O composto formado não era necessariamente neutro.


Berzelius descrever uma série de formações de óxidos de SO3, K2O, KO, K2SO4 usando essa analogia de neutralização de cargas e de cargas residuais nos compostos formados, o que explicava que os compostos podiam participar de outras reações ou até mesmo receber água de cristalização  por processos de neutralização de cargas.


Apesar de explicar bem certas reações de formação e de isso estar de acordo com resultados eletroquímicos, falhas existiam. Mas Berzelius as ignorava solenemente.


A teoria explicava bem os compostos cristalinos, mas tornava inaceitável a teoria de Avogadro de que dois átomos iguais podiam se unir.