Jesus foi comer a casa de um dos líderes dos fariseus num certo sábado; e eles vigiavam-no, para ver se curaria um dos presentes, que sofria de uma doença que o fazia inchar. Então Jesus dirigiu-se aos fariseus e especialistas na Lei que se achavam em volta: “A Lei permite ou não curar um homem num dia de sábado?” E visto que se recusavam a responder, Jesus, tomando o doente pela mão, curou-o e mandou-o embora. Depois, voltando-se para eles disse: “Qual de vocês, que tivesse um filho ou um boi, e se este caísse num poço, não iria logo tirá-lo, num dia de sábado?” Uma vez mais, não encontraram resposta que lhe dessem.
Lucas 14.1-6
Fica difícil encaixar como é que actos extraordinariamente generosos de Jesus provocaram tanta antipatia na classe religiosa. A mesma urticária aflige ainda hoje quem se regula por regras e não pelo amor. De que vale convidar Jesus para uma refeição cinco estrelas e para uma conversa densamente teológica se não há predisposição para abrir os olhos e o coração para a dor daqueles com quem se partilha a mesa? Já o Seu olhar incide de imediato nas pessoas que tem diante de Si, ao invés de reparar na alta etiqueta envolvida. Pode até estar tudo nos trinques e muito bem condimentado no plano litúrgico e doutrinário que para Ele o caldo entorna-se logo se faltar um pingo de compaixão. Jesus pouco Se importa se Lhe estão a fazer a folha, o que Ele não suporta mesmo é que se ignore ou adie o socorro a alguém. Pior do que ter o corpo inchado é ter o ego cheio de si. No primeiro estado deseja-se ardentemente ser tocado por Jesus, já no segundo opta-se por um ruidoso silêncio para não dar o braço a torcer.
- jónatas figueiredo
Oramos para que este tempo com Deus te encoraje e inspire.
Dá a ti próprio espaço para processar as tuas notas e a tua oração e sai apenas quando te sentires preparado.