Larvas Incendiadas
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Larvas Incendiadas

Um podcast de divulgação científica de estudos de gênero e sexualidade. A cada quinze dias entrevistamos um pesquisador ou pesquisadora sobre seus trabalhos. #LGBTPodcast

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Transversalização de gênero [bii]
07 January 2025
Transversalização de gênero [bii]

Quem pesquisa sobre políticas públicas com as lentes feministas ou acompanha o ativismo feminista transnacional com certeza já ouviu falar em transversalização de gênero, mas final o que é isso? Qual a origem dessa estratégia? E como implementá-la? Essas e outras questões são respondidas em nosso mais novo episódio da linha de breves introduções incendiadas.



Para aprofundar o estudo:




BANDEIRA, Lourdes. Fortalecimento da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres: avançar na transversalidade da perspectiva de Gênero nas Políticas Públicas. Brasília: SPM; CEPAL, 2005.




CAGLAR, Gülay. Gender Mainstreaming. Politics & Gender, v. 9, n. 3, p. 336–344, set. 2013.




HANKIVSKY, Olena. Gender vs. Diversity Mainstreaming: A Preliminary Examination of the Role and Transformative Potential of Feminist Theory. Canadian Journal of Political Science/Revue canadienne de science politique, v. 38, n. 4, p. 977–1001, dez. 2005.




LOMBARDO, Emanuela; MEIER, Petra. Gender Mainstreaming in the EU: Incorporating a Feminist Reading? European Journal of Women’s Studies, v. 13, n. 2, p. 151–166, 1 maio 2006.




LOMBARDO, Emanuela; MEIER, Petra; VERLOO, Mieke (Org.). The discursive politics of gender equality: stretching, bending and policymaking. London; New York: Routledge, 2012.




MATOS, Marlise; PARADIS, Clarisse. Los feminismos latinoamericanos y su compleja relación con el Estado: Debates actuales. Iconos. Revista de ciencias sociales, n. 45, p. 91–107, 2013.




MOSER, Caroline; MOSER, Annalise. Gender mainstreaming since Beijing: A review of success and limitations in international institutions. Gender & Development, v. 13, n. 2, p. 11–22, 1 jul. 2005.




OECD. OECD Toolkit for Mainstreaming and Implementing Gender Equality: implementing the 2015 OECD Recommendation on Gender Equality in Public Life. Paris: OECD Publishing, 2018




WALBY, Sylvia. Gender Mainstreaming: Productive Tensions in Theory and Practice. Social Politics: International Studies in Gender, State & Society, v. 12, n. 3, p. 321–343, 1 out. 2005.


Beatriz Bagagli e Brume Iazzetti – Estudos sobre cisgeneridade
07 January 2025
Beatriz Bagagli e Brume Iazzetti – Estudos sobre cisgeneridade

Nessa semana, Regina Facchini e eu conversamos com a analista do discurso Beatriz Pagliarini Bagagli e a antropóloga Brume Dezembro Iazzetti sobre o conceito de cisgeneridade. Apesar da crescente difusão do termo cisgeneridade, que atualmente já está dicionarizado na língua inglesa e é utilizado até mesmo para a produção oficial de dados em países como Austrália e Estados Unidos, permanecem existindo confusões e disputas sobre seus usos. Bia e Brume nos contaram as origens do conceito, suas várias definições e ainda explicaram sobre essas críticas e disputas contemporâneas.




Esse episódio faz parte da nossa parceria com o Núcleo de Estudos de Gênero PAGU, da UNICAMP, e foi inicialmente transmitido como uma live do projeto Gênero e Desigualdades, que conta também com parceria do Núcleo de Estudos sobre Marcadores Sociais da Diferença, o NUMAS, da USP. O que você vai ouvir é uma versão editada das falas iniciais de Bia e Brume, após essa apresentação ainda ocorreram duas rodadas de perguntas e respostas. Caso você queira ouvir o conteúdo na íntegra, ele está disponível no youtube do NUMAS ou do PAGU.




Além disso, temos mais dois pequenos avisos. O primeiro é que o Larvas está completando 3 anos no ar. Isso mesmo, dia 5 de dezembro agora é o terceiro aniversário da publicação do nosso primeiro episódio. Tem sido um prazer passar esse tempo todo com vocês. Muito obrigado a quem sempre nos acompanha.


Interseccionalidade [bii]
07 January 2025
Interseccionalidade [bii]

Nos últimos anos, a interseccionalidade se popularizou. A palavra aparece no título de vários livros, em documentos oficiais de governos e até em artigos de opinião analisando o Big Brother, publicados em revistas de grande circulação, mas afinal o que é a interseccionalidade? Qual a origem dessa ideia? E como aplicá-la? Esse episódio, que inaugura nossa linha de breves introduções incendiadas, buscará responder essas questões. O objetivo não é esgotar o assunto, mas oferecer uma introdução rápida, porém de qualidade, além de indicar uma trilha de leitura.




Para aprofundar o estudo:




AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.
BILGE, Sirma. Intersectionality Undone: Saving Intersectionality from Feminist Intersectionality Studies. Du Bois Review: Social Science Research on Race, v. 10, n. 2, p. 405–424, ed 2013.


COLLINS, Patricia Hill. Intersectionality as critical social theory. Durham: Duke University Press, 2019.


COLLINS, Patricia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. São Paulo: Boitempo Editorial, 2021.


CRENSHAW, Kimberlé. Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory and Antiracist Politics. University of Chicago Legal Forum, v. 1989, n. 1, p. 139–167, 1989.


CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos feministas, Florianópolis, v. 1, 2002.


CRENSHAW, Kimberlé. Mapping the Margins: Intersectionality, Identity Politics, and Violence against Women of Color. Stanford Law Review, v. 43, n. 6, p. 1241–1299, 1991.


HANCOCK, Ange-Marie. Intersectionality: an intellectual history. New York, NY: Oxford University Press, 2016



HIRATA, Helena. Gênero, classe e raça Interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social, v. 26, p. 61–73, jun. 2014.


KERGOAT, Danièle. Dinâmica e consubstancialidade das relações sociais. Novos estudos CEBRAP, p. 93–103, mar. 2010.


PUAR, Jasbir. “Prefiro ser um ciborgue a ser uma deusa”: interseccionalidade, agenciamento e política afetiva. Meritum, Revista de Direito da Universidade FUMEC, 2013.


YUVAL-DAVIS, Nira. Intersectionality and Feminist Politics. European Journal of Women’s Studies, v. 13, n. 3, p. 193–209, 1 ago. 2006.


Helena Monaco – Ativismo e narrativas bissexuais
07 January 2025
Helena Monaco – Ativismo e narrativas bissexuais

Nessa semana, conversamos com Helena Monaco, que é doutoranda em antropologia social pela UFSC e uma das idealizadoras da Bi-Biblioteca. Nossa conversa, foi sobre sua dissertação de mestrado intitulada A gente existe: ativismo e narrativas bissexuais em um coletivo monodissidente. Por meio da etnografia de um coletivo de pessoas bissexuais e
monodissidentes, seu trabalho opera dois movimentos de pesquisa. Em um primeiro, Helena explora a maneira como o coletivo desenvolve estratégias para lidar com as disputas identitárias sobre a sujeita do movimento, analisa também como as pessoas que integram o coletivo compreendem e buscam alternativas para enfrentar a invisibilidade bi, os estereótipos e a vulnerabilidade da saúde mental. Em um segundo movimento, foca no processo de construção da subjetividade de suas interlocutoras, mostrando a importância dos encontros com o coletivo nesse processo e questionando algumas narrativas de essencialização da bissexualidade. Dessa maneira, seu trabalho contribui para aprofundarmos nosso olhar sobre o movimento de pessoas bissexuais e monodisidentes.




A dissertação da Helena está entre as finalistas do Concurso ANPOCS de Teses e Dissertações, na categoria dissertações. Parabéns Helena!




Indicações




Ao final da conversa, Helena indicou o seu perfil de divulgação
científica sobre bissexualidade no instagram, a Bi-Bilioteca, o Grupo Amazônida de Estudos sobre Bissexualidade (GAEBI) e o evento que estão organizando: o I Seminário Nacional de Estudos Bissexuais. Não deixe de conferir!