Mais de 220 mil solicitações de medidas protetivas de urgência já foram registradas, neste ano, em todo o Brasil. Desse total, cerca de 150 mil foram concedidas pela Justiça. No Rio Grande do Sul, uma nova plataforma on-line foi implementada no fim de abril, após um feriado de Páscoa marcado por tragédia: dez mulheres foram mortas no estado. No ano passado, segundo o Ministério da Mulheres, o país registrou 1.450 casos de feminicídio. Números que revelam, ao mesmo tempo, o avanço dos mecanismos de denúncia e a persistência da violência contra a mulher. Afinal, o que exatamente é uma medida protetiva de urgência e como ela funciona, na prática? Quais são os principais desafios enfrentados pelas mulheres para conseguir esse tipo de proteção? E como o sistema on-line tem impactado a resposta do judiciário nesses casos? Adriana Perroni e o repórter Jairo Bastos conversam com a promotora de Justiça e presidente do Instituto Pró-Vítima, Celeste Leite dos Santos.