Em uma época na qual a capacidade de atenção é cada vez mais reduzida nas redes sociais, e na qual a filosofia e a cultura de forma geral são transmitidas a conta-gotas, as reflexões de Adorno sobre a semicultura se mostram cada vez mais atuais. Será que os indivíduos hoje conhecem melhor que outrora a literatura e a filosofia clássicas, tendo em vista que o acesso a tais bens culturais foi facilitado pela produção industrial? Fizemos, no campo das artes e das ciências do espírito, o mesmo progresso que fizemos nas ciências naturais em comparação com a Grécia antiga ou mesmo com o período moderno?
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A semicultura, ou semiformação (Halbbildung), pretende ser uma integração daqueles que foram excluídos da cultura, uma integração daqueles que não podem ser integrados por estarem privados das condições sociais objetivas que lhes permitiriam passar pela experiência ou processo real de formação cultural. Os bens da semicultura se constituem como clichês pré-digeridos, próprios para serem consumidos nos momentos em que se obtém licença para não pensar em nada, ou seja, quando se está fora do trabalho, visto como pura fonte compulsória de desprazer e esgotamento físico e intelectual.