Malditos versos,
nunca acabam,
sempre mais uma linha a digitar,
sempre mais um motivo a fazer reclamar os meus dedos cansados,
mas que malcriação minha,
chamá-los desgraçados,
são uma benção,
que não acabem nunca,
que passem por cima de mim
e durem muito mais que eu,
quero ser velado coberto de poesias,
morrer pela literatura e não por amor,
como fez Romeu