Ep. 11 - Esmola
Ep. 11 - Esmola

Ep. 11 - Esmola

Radio Lula Falcao
ESMOLA
[Samuel Rosa / Chico Amaral (Skank, Calango, 1994)]

Uma esmola pelo amor de Deus
Uma esmola, meu, por caridade
Uma esmola pro ceguinho, pro menino
Em toda esquina tem gente só pedindo

Uma esmola pro desempregado
Uma esmolinha pro preto pobre doente
Uma esmola pro que resta do Brasil
Pro mendigo, pro indigente.

Ele que pede, eu que dou, ele só pede
O ano é mil novecentos e noventa e tal
Eu tô cansado de dar esmola
Qualquer lugar que eu passe é isso agora.

Eu tô cansado, meu bem, de dar esmola
Essa quota miserável da avareza
Se o país não for pra cada um
Pode estar certo
Não vai ser pra nenhum.

Não vai não, não vai não, não vai não, não vai não
No hospital, no restaurante,
No sinal, no Morumbi
No Mário Filho, no Mineirão.

Menino me vê, começa logo a pedir
Me dá, me dá, me dá um dinheiro aí!

PROBLEMATIZANDO!

1) – O que, em sua avaliação, gera a mendicância adulta e infantil? É possível existir ações governamentais, políticas públicas que resolva esta questão social ou pelo menos a amenize? Você conhece alguma experiência de sucesso nesse sentido? Justifique sua resposta.
2) – Qual a sua reação frente a um mendigo, seja ele uma criança, um adolescente, um adulto, uma mulher ou um idoso? Justifique. O que o sociólogo Betinho quis dizer quando afirmou que “quem tem fome tem pressa”?
3) – Qual a nossa parcela de responsabilidade em relação a esta questão social tão grave?
4) – O que você pode fazer para resolver esta questão social tão grave?
5) – Qual é seu entendimento sobre a prática da caridade? Ela, exercida individualmente, resolve a questão social existente em nosso país atualmente?
6) – Você concorda com os autores da letra desta canção que afirmam que a esmola é essa quota miserável da avareza? O que é a avareza? Como se comporta o avarento?
7) – O pobre, o miserável, o pedinte, o excluído pelo sistema capitalista precisa de esmola ou de justiça social, emprego, renda e moradia? Discuta sobre a questão social com seus amigos.
8) – Como você vê a população que mora na rua – principalmente, mas não só, em épocas intempéries e de pandemias – os recicladores de resíduos sólidos produzidos de forma desordenada pela sociedade de consumo, os usuários de droga, os doentes mentais etc.? Ou você não mais os vê, eles são invisibilizados porque são considerados os reais culpados por se encontrarem nessa situação extremamente adversa? Eles são vagabundos e, por isso mesmo, merecem estar ali, então, posso saltá-los nas calçadas, vielas e praças e seguir adiante, tranquilamente, em minha caminhada?
9) – Você concorda com a frase destacada na letra da música: “(...) Se o país não for pra cada um, pode estar certo! Não vai ser pra nenhum”? Justifique sua resposta.
10) – Existe (m) alguma (s) outra (s) questão (es) a ser (em) abordada (s) na letra desta canção? Qual (is) a (s) mensagem (ns) que podemos extrair dela?
Ep. 11 - Esmola
24 July 2021
Ep. 11 - Esmola
ESMOLA
[Samuel Rosa / Chico Amaral (Skank, Calango, 1994)]

Uma esmola pelo amor de Deus
Uma esmola, meu, por caridade
Uma esmola pro ceguinho, pro menino
Em toda esquina tem gente só pedindo

Uma esmola pro desempregado
Uma esmolinha pro preto pobre doente
Uma esmola pro que resta do Brasil
Pro mendigo, pro indigente.

Ele que pede, eu que dou, ele só pede
O ano é mil novecentos e noventa e tal
Eu tô cansado de dar esmola
Qualquer lugar que eu passe é isso agora.

Eu tô cansado, meu bem, de dar esmola
Essa quota miserável da avareza
Se o país não for pra cada um
Pode estar certo
Não vai ser pra nenhum.

Não vai não, não vai não, não vai não, não vai não
No hospital, no restaurante,
No sinal, no Morumbi
No Mário Filho, no Mineirão.

Menino me vê, começa logo a pedir
Me dá, me dá, me dá um dinheiro aí!

PROBLEMATIZANDO!

1) – O que, em sua avaliação, gera a mendicância adulta e infantil? É possível existir ações governamentais, políticas públicas que resolva esta questão social ou pelo menos a amenize? Você conhece alguma experiência de sucesso nesse sentido? Justifique sua resposta.
2) – Qual a sua reação frente a um mendigo, seja ele uma criança, um adolescente, um adulto, uma mulher ou um idoso? Justifique. O que o sociólogo Betinho quis dizer quando afirmou que “quem tem fome tem pressa”?
3) – Qual a nossa parcela de responsabilidade em relação a esta questão social tão grave?
4) – O que você pode fazer para resolver esta questão social tão grave?
5) – Qual é seu entendimento sobre a prática da caridade? Ela, exercida individualmente, resolve a questão social existente em nosso país atualmente?
6) – Você concorda com os autores da letra desta canção que afirmam que a esmola é essa quota miserável da avareza? O que é a avareza? Como se comporta o avarento?
7) – O pobre, o miserável, o pedinte, o excluído pelo sistema capitalista precisa de esmola ou de justiça social, emprego, renda e moradia? Discuta sobre a questão social com seus amigos.
8) – Como você vê a população que mora na rua – principalmente, mas não só, em épocas intempéries e de pandemias – os recicladores de resíduos sólidos produzidos de forma desordenada pela sociedade de consumo, os usuários de droga, os doentes mentais etc.? Ou você não mais os vê, eles são invisibilizados porque são considerados os reais culpados por se encontrarem nessa situação extremamente adversa? Eles são vagabundos e, por isso mesmo, merecem estar ali, então, posso saltá-los nas calçadas, vielas e praças e seguir adiante, tranquilamente, em minha caminhada?
9) – Você concorda com a frase destacada na letra da música: “(...) Se o país não for pra cada um, pode estar certo! Não vai ser pra nenhum”? Justifique sua resposta.
10) – Existe (m) alguma (s) outra (s) questão (es) a ser (em) abordada (s) na letra desta canção? Qual (is) a (s) mensagem (ns) que podemos extrair dela?