Ep. 12 - O Dia em que a Terra Parou
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Radio Lula Falcao
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O DIA EM QUE A TERRA PAROU.
[Raul Seixas / Claudio Roberto, (Raul Seixas, O dia em que a terra parou, 1977)]
Essa noite, eu tive um sonho de sonhador
Maluco que sou, eu sonhei com o dia em que a terra parou
Foi assim, no dia que todas as pessoas do planeta inteiro
Resolveram que ninguém ia sair de casa,
Como que se fosse combinado em todo planeta
Naquele dia, ninguém saiu de casa, ninguém.
O empregado não saiu pro seu trabalho,
Pois sabia que o patrão também não tava lá
Dona de casa não saiu pra comprar pão,
Pois sabia que o padeiro também não tava lá
E o guarda não saiu para prender,
Pois sabia que o ladrão também não tava lá
E o ladrão não saiu para roubar,
Pois sabia que não ia ter onde gastar
No dia em que a terra parou (4X)
E, nas igrejas, nenhum sino a badalar,
Pois sabiam que os fiéis também não tavam lá
E os fiéis não saíram pra rezar,
Pois sabiam que o padre também não tava lá
E o aluno não saiu para estudar,
Pois, sabia, o professor também não tava lá
E o professor não saiu pra lecionar,
Pois sabia que não tinha mais nada para ensinar
Refrão
O comandante não saiu para o quartel
Pois sabia que o soldado também não tava lá
E o soldado não saiu pra ir a guerra,
Pois sabia que o inimigo também não tava lá
E o paciente não saiu pra se tratar,
Pois sabia que o doutor também não tava lá
E o doutor não saiu pra medicar,
Pois sabia que não tinha mais doença pra curar
Refrão
PROBLEMATIZANDO!
1) – Por que a atitude de recusa ao trabalho tratada na letra da música pode ser vista como uma atitude política? Em que medida tal atitude se diferencia da atitude do “analfabeto político” e do “pacato cidadão”?
2) – A atitude de recusa generalizada ao trabalho só é possível em sonho ou pode ser concretizada na prática? Justifique.
3) – Qual a sua visão sobre a greve? Por que muitos trabalhadores tem uma resistência enorme para realizarem uma greve? Falta-lhes consciência de classe ou é sua dependência frente ao salário miserável, ou ainda, o medo de perder o emprego para o “exército de reserva”, uma fila de desempregados que mantém o poder de compra do seu salário sempre lá embaixo? Neste sentido, será que o pleno emprego é desejado pelos capitalistas? Será que é por isso que os empresários são contrários à redução da jornada de trabalho sem reduzir salários? Justifique sua resposta!
4) – O quê, em sua visão, justificaria, legitimaria e mobilizaria a sociedade para uma greve geral, como esta retratada pela letra desta música?
5) – A pandemia do COVID-19 de certa maneira materializou a utopia expressa nesta canção de Raul Seixas? Discuta o caráter do trabalho durante a pandemia: o teletrabalho, o isolamento social e os riscos daqueles que, mesmo correndo todos os riscos sanitários, tiveram que se lançar ao trabalho presencial enfrentado transportes públicos superlotados e aglomerações de toda ordem como os (as) trabalhadores (as) das feiras livres, do Sistema Único de Saúde (SUS)...
6) – O patrão pode fazer greve ou isso é crime? Qual sua visão sobre isso?
more[Raul Seixas / Claudio Roberto, (Raul Seixas, O dia em que a terra parou, 1977)]
Essa noite, eu tive um sonho de sonhador
Maluco que sou, eu sonhei com o dia em que a terra parou
Foi assim, no dia que todas as pessoas do planeta inteiro
Resolveram que ninguém ia sair de casa,
Como que se fosse combinado em todo planeta
Naquele dia, ninguém saiu de casa, ninguém.
O empregado não saiu pro seu trabalho,
Pois sabia que o patrão também não tava lá
Dona de casa não saiu pra comprar pão,
Pois sabia que o padeiro também não tava lá
E o guarda não saiu para prender,
Pois sabia que o ladrão também não tava lá
E o ladrão não saiu para roubar,
Pois sabia que não ia ter onde gastar
No dia em que a terra parou (4X)
E, nas igrejas, nenhum sino a badalar,
Pois sabiam que os fiéis também não tavam lá
E os fiéis não saíram pra rezar,
Pois sabiam que o padre também não tava lá
E o aluno não saiu para estudar,
Pois, sabia, o professor também não tava lá
E o professor não saiu pra lecionar,
Pois sabia que não tinha mais nada para ensinar
Refrão
O comandante não saiu para o quartel
Pois sabia que o soldado também não tava lá
E o soldado não saiu pra ir a guerra,
Pois sabia que o inimigo também não tava lá
E o paciente não saiu pra se tratar,
Pois sabia que o doutor também não tava lá
E o doutor não saiu pra medicar,
Pois sabia que não tinha mais doença pra curar
Refrão
PROBLEMATIZANDO!
1) – Por que a atitude de recusa ao trabalho tratada na letra da música pode ser vista como uma atitude política? Em que medida tal atitude se diferencia da atitude do “analfabeto político” e do “pacato cidadão”?
2) – A atitude de recusa generalizada ao trabalho só é possível em sonho ou pode ser concretizada na prática? Justifique.
3) – Qual a sua visão sobre a greve? Por que muitos trabalhadores tem uma resistência enorme para realizarem uma greve? Falta-lhes consciência de classe ou é sua dependência frente ao salário miserável, ou ainda, o medo de perder o emprego para o “exército de reserva”, uma fila de desempregados que mantém o poder de compra do seu salário sempre lá embaixo? Neste sentido, será que o pleno emprego é desejado pelos capitalistas? Será que é por isso que os empresários são contrários à redução da jornada de trabalho sem reduzir salários? Justifique sua resposta!
4) – O quê, em sua visão, justificaria, legitimaria e mobilizaria a sociedade para uma greve geral, como esta retratada pela letra desta música?
5) – A pandemia do COVID-19 de certa maneira materializou a utopia expressa nesta canção de Raul Seixas? Discuta o caráter do trabalho durante a pandemia: o teletrabalho, o isolamento social e os riscos daqueles que, mesmo correndo todos os riscos sanitários, tiveram que se lançar ao trabalho presencial enfrentado transportes públicos superlotados e aglomerações de toda ordem como os (as) trabalhadores (as) das feiras livres, do Sistema Único de Saúde (SUS)...
6) – O patrão pode fazer greve ou isso é crime? Qual sua visão sobre isso?
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