Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica • ANO XVII • 202 • Julho 2024

Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica • ANO XVII • 202 • Julho 2024

Empresa de Pesquisa Energética
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Resenha Mensal: consumo de eletricidade cresce 6,8% em junho. Consumo no comércio e nas residências lideraram an alta. Indústria também consome mais.

A mais recente edição da Resenha mostra que o consumo nacional de energia elétrica foi de 45.556 GWh em junho de 2024, alta de 6,8% comparado a junho de 2023. Com temperaturas acima da média para o mês, comércio e residências lideraram a alta no consumo, que também cresceu na indústria. O consumo acumulado nos últimos 12 meses foi de 550.860 GWh, alta de 6,7% na comparação com igual período anterior.
As fortes chuvas e as inundações históricas que atingiram o estado do Rio Grande do Sul em maio, continuam afetando as estatísticas de consumo de eletricidade deste mês. Na classe industrial (-6,2%), ainda se percebe no consumo de junho o impacto das fortes chuvas que atingiram o estado, com retração em 9 dos 10 setores mais eletrointensivos: neste grupo, apenas o setor metalúrgico expandiu o consumo no estado em junho. Na classe comercial (-2,6%), não fosse o clima mais quente, a queda no consumo seria ainda mais significativa. Já, na classe Residencial (+8,6%), o consumo apresentou expansão, alavancado pelo clima mais quente no estado.

Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre, com 19.480 GWh, respondeu por 42,8% do consumo nacional de energia elétrica em junho, com crescimento de 11,4% no consumo e de 31,8% no número de consumidores, na comparação com junho de 2023. O Centro-Oeste foi a região que mais expandiu o consumo (+16,5%) e o Nordeste foi a que mais expandiu o número de consumidores livres (+57,2%). A expansão do número de consumidores livres está em linha com as migrações previstas para 2024 pela ANEEL, após portaria do MME 50/2022 que amplia a possibilidade de migração a todos consumidores do grupo A. Já o mercado regulado das distribuidoras, com 26.076 GWh, respondeu por 57,2% do consumo nacional em junho, alta de 3,6%. O número de unidades consumidoras aumentou 0,8% no período, apesar da migração de consumidores para o mercado livre. No mercado regulado, o Centro-Oeste registrou a maior expansão do consumo (+4,4%), enquanto o Norte teve a maior expansão do número de consumidores cativos (+3,9% ).