Tudo para Ele 09/12

Leitura do dia 9 de dezembro do clássico de meditações “Tudo para Ele” de Oswald Chambers

O Problema da Vida Natural

"E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências." – Gálatas 5.24.

A vida natural em si não é pecaminosa; mas devemos abandonar o pecado, não tendo mais nada a ver com ele. O pecado pertence ao inferno e ao diabo; eu, como filho de Deus, pertenço ao céu e a Deus. A renúncia aqui não é ao pecado, mas aos meus direitos sobre mim mesmo, sobre minha independência e autoafirmação; e é aí que a batalha se trava. São coisas justas, nobres e boas do ponto de vista natural que nos mantêm afastados do melhor de Deus. Quando entendemos que as virtudes naturais se opõem à nossa rendição total a Deus, estamos colocando nossa alma bem no centro de sua maior batalha. A maioria dos cristãos não questiona a malignidade do pecado, do mal e do erro, mas nos embaraçamos no que é bom. É o bom que se opõe ao melhor; e quanto mais alto subimos na escala das virtudes naturais, mais intensa é a oposição a Jesus Cristo. "E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne" – isso significa sacrificar em nós tudo que há de natural, e não apenas algumas coisas. Jesus disse: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue" (Mateus 16.24), ou seja, renuncie a seus direitos sobre si mesmo; e ninguém o fará enquanto não compreender quem é Jesus Cristo. Cuidado para não se recusar a ir ao funeral de sua própria independência.

A vida natural não é espiritual, e só pode tornar-se espiritual através do sacrifício. Se não sacrificarmos resolutamente o natural, o sobrenatural nunca poderá tornar-se natural em nós. Não há um caminho fácil para se chegar lá; a responsabilidade é de cada um. Não se trata de orar, mas de sacrificar, e assim realizar a vontade de Deus.