Neste episódio, a gente conversa com a antropóloga Ana Paula dos Reis sobre como a medicina construiu — e ainda mantém — uma narrativa de falta em torno da menopausa. A partir da perspectiva antropológica, o papo desnaturaliza a ideia de que o corpo feminino é frágil, instável e hormonalmente descontrolado.
A conversa também percorre o silêncio que marca esse período da vida das mulheres, os efeitos da medicalização sobre o envelhecimento feminino e os significados atribuídos ao fim da menstruação em diferentes culturas.
Mais do que um marco fisiológico, a menopausa é um momento simbólico potente — e, como tal, pode (e deve) ser reinventado. Afinal, o corpo nunca é só biologia.
Música da Rita Lee - Menopower
Apresentação: Michel Alcoforado
Roteiro: Michel Alcoforado
Produção e Pesquisa: Fabíola Gomes
Captação, sonorização e edição: Voz Ativa Produções
Vinheta: Estúdio Cavalo
ID Visual: Diego Oliveira e Juliana Silva
Plataformas e mídias: Carla Viveiros
Gestão de projeto: Carolina Piza
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AUTORES CITADOS NO EPISÓDIO
Emily Martin, Fabiola Rohden, Anne Fausto-Sterling, Thomas Laqueur , Shirley Starling
INDICAÇÃO DE LEITURAS
Inventando o Sexo: Corpo e Gênero dos Gregos a Freud, de Thomas Laqueur (Editora Gryphus). https://amzn.to/3YRuBnI
Blood Magic: The Anthropology of Menstruation, de Thomas Buckley e Alma Gottlieb (Ed. University of California Press) https://amzn.to/3H2uxLH
A Mulher no Corpo, de Emily Martin (Editora Garamond) https://amzn.to/4k3Tsxi
Myths of Gender: Biological Theories about Women and Men, de Anne Fausto-Sterling (Editora Basic Books). https://amzn.to/4mnPiBT
O meu livro, De tédio ninguém morre: pistas para entender os nossos tempos, já está disponível. Compre aqui: https://amzn.to/3GHUXCn