
Tecnologia Ep#07 - 30/06/2025 - Do analógico ao digital: a transformação tecnológica da iluminação no Brasil
da ideia à luz
Neste programa vamos debater como a tecnologia na área da Iluminação Cênica se transformou ao longo dos tempos. Vamos conhecer como eram os teatros no inicio da década de 1970 com seus sistemas analógicos de controle de luz até os sistemas totalmente digitais dos dias de hoje. Veremos também como tecnologia utilizou a lâmpada incandescente para criar refletores até a substituição completa pelo LED. Venha conferir!Debatedores: Luiz Roberto Bruel. Iluminador. Natural da cidade da Lapa/PR (1950), iniciou sua carreira de iluminador em 1971, no Colégio Estadual do Paraná em Curitiba. Em 1973, no Teatro de Bolso, passou a integrar o Grupo Margem de Teatro Experimental, dirigido por Manoel Carlos Karam. Seu primeiro trabalho profissional foi com o Grupo Momento, na peça “Marat Sade”, com direção de Oraci Gemba.É membro da OISTAT (International Organisation of Scenographers Theatre Architectes and Technicians). Com quase 50 anos no teatro e mais de 500 trabalhos realizados e inúmeras premiações, é um dos mais importantes iluminadores do Brasil.Premiações: Medalha de Ouro do WSD - World Stage Design, da Organização Internacional de Cenógrafos, Técnicos e Arquitetos de Teatro/OISTAT, em 2009. Recebeu 05 Prêmio Shell, 21 Troféus Gralha Azul, 05 Prêmios Poty Lazzaroto. E recebeu o Prêmio Questão de Crítica e do Festival de Teatro da Amazônia. Aurélio de SimoniAurélio de Simoni. Iluminador. Da geração que firma o crédito de iluminador nas fichas técnicas dos espetáculos profissionais, realiza uma centena de iluminações para diretores cariocas representativos.Faz assistências de iluminação com Jorginho de Carvalho e assina seu primeiro trabalho em 1979, em Ponto de Partida, de Gianfrancesco Guarnieri e, em seguida, As Preciosas Ridículas, de Molière. A partir de 1980, estabelece uma parceria com Luiz Paulo Nenen, com quem cria e realiza a iluminação de uma média de oito espetáculos por ano até 1984, entre eles: Dzi Croquetes - TV Croquete Canal Dzi, criação coletiva do grupo, 1980; Poleiro dos Anjos, de Buza Ferraz, 1981; Serafim Ponte Grande, de Oswald de Andrade (1890 - 1954), Bar Doce Bar, roteiro de Álvaro Ramos, Pedro Cardoso e Felipe Pinheiro, e As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, de Fassbinder, em 1982, dentre outros. Em 1982, a dupla de iluminadores recebe o Troféu Mambembe pelo conjunto de trabalhos.A partir de 1984, passa a trabalhar sozinho, realizando a iluminação para diversos diretores. Entre 1989 e 1999, recebe 6 prêmios em teatro infantil. Nos anos de 1992, 1995, 1996 e 1997, recebe o Prêmio Shell por espetáculos adultos, entre eles Don Juan, de Molière, com direção de Moacir Chaves, com quem estabelece parcerias constantes. Em 2003, faz a luz para o grupo Intrépida Trupe, em Sonhos de Einstein. O diretor Moacir Chaves decreve o companheiro de criação: "Talvez uma das maiores virtudes de Aurélio de Simoni seja sua capacidade de observar e perceber o valor particular de cada trabalho. Sem ter tido formação acadêmica em teatro, é capaz de falar horas a fio sobre um determinado movimento teatral como se fora dele um especialista. Talvez até melhor, já que seu contato com as obras se dá de forma direta, assimilando o que elas tem de específico. E isso é, possivelmente, o que o permite transitar por espetáculos tão diversos e manter sempre um padrão de qualidade característico. Aurélio é, de certa forma, um iluminador camaleônico. A par disso, tem uma característica que o torna inesquecível para todos que trabalham com ele: uma extrema generosidade, decorrência provável do grande amor que tem pela atividade que exerce".