A ficção faz com que a gente conheça outras realidades, outras culturas e outros tempos. Faz com que a gente se coloque no lugar de pessoas muito diferentes de nós, e que ainda assim encontre pontos de identificação. Faz com que a gente exerça a alteridade e seja tocado de forma potente, emocionante, como poucas outras experiências são capazes.
E experimentar a ficção pela via da palavra escrita tem algumas particularidades: o exercício imaginativo de visualização das cenas narradas, a temporalidade e o ritmo da leitura (e da escrita), a materialidade das palavras no papel, da experiência de carregar um universo nas mãos, na bolsa ou na mochila, com possibilidade de acesso imediato. Pra falar sobre ficção, alteridade e empatia, e também sobre a importância da demora, convidamos a escritora, editora e tradutora Júlia Dantas. Tivemos um papo super interessante e cheio de boas reflexões. Vamos conversar?
Indicações:
Livros: Valter Hugo Mãe - Homens Imprudentemente Poéticos
Bahiyyih Nakhjavani - Nós e Eles
Aimé Césaire - Discurso sobre o Colonialismo
Júlia Dantas - Ruína y Leveza
Júlia Dantas - Ela se chama Rodolfo
Ficha técnica:
Pauta e apresentação Flor Reis e Thai Paschoal
Edição de som por Paulo Pereira
Arte da capa por Júlia Reis