Apesar do nome, Bach nunca foi à Inglaterra — e, sinceramente, duvido que tomasse chá às 5. O nome “inglesa” veio depois, talvez por causa de algum nobre britânico misterioso que recebeu a dedicatória. Ou talvez porque... sei lá, “suíte alemã” não soava chique o suficiente.
A suíte começa com um Prelúdio cheio de energia, como se dissesse: “Atenção, senhores! A dança vai começar!”. É rápido, ornamentado, e exige que os dedos do cravista estejam mais aquecidos que café no fogão.
E então... entram as danças barrocas:
A Allemande, cheia de elegância;
A Courante, saltitante, quase uma corrida leve;
A Sarabande, mais introspectiva — tipo aquela hora da festa em que todo mundo fica sentimental;
Depois vem a Double, uma variação mais enfeitada da Sarabande;
As Gavottes I e II, que são tipo o biscoito de polvilho da corte: crocantes, leves e ninguém consegue ouvir só uma;
E por fim, a Gigue — que fecha com chave de ouro, em ritmo acelerado, como se Bach dissesse: “Pode aplaudir, agora acabou mesmo!”.
.Apresentado por Aroldo Glomb com Aarão Barreto na bancada. Seja nosso padrinho: https://apoia.se/conversadecamara
RELAÇÃO DE PADRINS Aarão Barreto, Adriano Caldas, Gustavo Klein, Fernanda Itri, Eduardo Barreto, Fernando Ricardo de Miranda, Leonardo Mezzzomo,Thiago Takeshi Venancio Ywata, Gustavo Holtzhausen, João Paulo Belfort , Arthur Muhlenberg e Rafael Hassan.