A moçambicana Denise Nicolau integra a lista de seleccionados da segunda edição do programa RE.GENERATION da Fundação Príncipe Albert II do Mónaco. Ao microfone da RFI, a bióloga afecta à União Internacional para a Conservação da Natureza, falou do seu trabalho na protecção do Oceano Índico e na missão da Grande Muralha Azul.
A moçambicana Denise Nicolau integra a lista de seleccionados da segunda edição do programa RE.GENERATION da Fundação Príncipe Alberto II do Mónaco. Treze pessoas de menos de 35, da ciência ao activismo passando pelos media ou empreendedorismo. Juntos na protecção do ambiente e dispostos a construir um futuro sustentável.
Ao microfone da RFI, Denise Nicolau, afecta à União Internacional para a Conservação da Natureza, falou do seu trabalho na protecção do Oceano Índico e na missão da Grande Muralha Azul. A bióloga moçambicana afirma ser “um grande orgulho” poder integrar este programa da Fundação Príncipe Albert II do Mónaco.
Quando fui seleccionada, foi uma grande surpresa. Eu sabia que estava a concorrer com, pelo menos, mais de 100 potenciais candidatos. Dei um pulo!
Representa, de facto, um momento muito importante, é a primeira oportunidade de fazer um mergulho profundo naquilo que é a minha identidade e naquilo que eu acho que são as ferramentas ou a chave para o meu desenvolvimento pessoal e também o desenvolvimento de carreira.
Tudo o que faço é representar a voz das mulheres, representar a voz das mulheres africanas num programa da fundação do Príncipe Alberto é, sem dúvida, um grande orgulho para nós.
Denise Nicolau trabalha para a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), é responsável da região ocidental do Oceano Índico, como gestora regional para assuntos costeiros e marinhos, com especial destaque para a Great Blue Wall. A Grande Muralha Azul é um plano estratégico, nascido na região do Oceano Índico Ocidental e liderado por África, lançado oficialmente na COP26 (Cimeira das Nações Unidas para as Alterações Climáticas), em Glasgow.
Tenho a responsabilidade de estar a conduzir um dos pilares de desenvolvimento da iniciativa, que é a Great Blue Wall ou a Grande Muralha Azul. Também faço parte da comunidade de práticas a nível da IUCN para os assuntos oceânicos, criando um espaço para desenvolvimento de novas iniciativas, explorar a inovação, mas também acções concretas de restauração de ecossistemas costeiros e marinhos.
Estou baseado em Moçambique, em Maputo, mas estou a trabalhar com Moçambique, Tanzânia, Quénia, Comores e Madagáscar.
A Grande Muralha Azul está a trabalhar com muito mais países nesta região do Oceano Índico.
Portanto, estou no pilar de natureza azul, que é sobre soluções baseadas na natureza para adaptação climática.