Deve começar no primeiro trimestre de 2025, um projecto de protecção da Palanca Negra Gigante em Angola. A iniciativa é dirigida ao Parque Nacional da Cangandala e à Reserva Natural Integral do Luando. Vladimir Russo, director da Fundação Kissama, sublinha que o projecto poderá, “ trazer grandes ganhos com o reforço da capacidade de fiscalização e investimento em comunicações e salas de controlo de operações, essenciais para o patrulhamento e conservação da Palanca”.
Deve começar no primeiro trimestre de 2025, um projecto de protecção da Palanca Negra Gigante em Angola. A iniciativa é dirigida ao Parque Nacional da Cangandala e à Reserva Natural Integral do Luando, ambos habitats naturais desta espécie angolana.
No programa consta a construção de infra-estrutura, nomeadamente postos avançados, formação de novos fiscais e capacitação dos actuais. Avaliado em 3,6 milhões de euros, por um período de quatro anos, o financiamento fica a cargo da Agência Francesa para o Desenvolvimento em parceria com o Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação.
Sobre o estado actual da Palanca Negra Gigante, a RFI ouviu Vladimir Russo, director da Fundação Kissama, que sublinha que o projecto a concretizar-se poderá, “de facto, trazer grandes ganhos à Palanca e principalmente às áreas onde a Palanca existe, a reserva do Luando e o Parque da Cangandala, uma vez que, de acordo com o que está previsto na proposta, haverá um reforço da capacidade de fiscalização - que é essencial para a protecção da palanca -, haverá um investimento em comunicações e salas de controlo de operações, que são essenciais para parte do patrulhamento e conservação da palanca”.
A fiscalização e patrulhamento são as principais armas contra os caçadores furtivos que são a principal ameaça à espécie. A Palanca Negra Gigante é um antílope que só existe em Angola. Tem estatuto de protecção internacional, actualmente possui o estatuto de criticamente ameaçada. Nos anos 1970 estimava-se uma população total de cerca de 2500 palancas. Actualmente, o número total fica-se pelos 10% da população original.
A Fundação Kissama deu início ao projecto de conservação da Palanca Negra Gigante há mais de 20 anos, participando em campanhas de captura, tratamento veterinário e remoção de armadilhas. Durante vários anos foi a organização que geriu o Parque da Cangandala, até à transferência para o governo e tem estado na Reserva do Luando desde 2015.