Vigorexia: conheça esse transtorno que afeta principalmente os homens!
11 October 2025

Vigorexia: conheça esse transtorno que afeta principalmente os homens!

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A vigorexia é um transtorno psicológico que vem ganhando atenção entre profissionais da saúde mental, especialmente por afetar, de forma predominante, homens jovens.

Também conhecida como transtorno dismórfico muscular, essa condição leva o indivíduo a uma obsessão extrema com a ideia de ter um corpo cada vez mais musculoso e definido, mesmo quando já apresenta uma aparência considerada forte ou atlética.

Neste artigo, você vai entender o que caracteriza a vigorexia, quais são seus sintomas, causas, formas de diagnóstico e tratamento, além de refletir sobre os impactos desse transtorno no comportamento masculino. Boa leitura!

O que é a vigorexia?

A vigorexia, ou transtorno dismórfico muscular, é uma condição psicológica caracterizada por uma obsessão patológica com o aumento da massa muscular e a definição corporal.

Pessoas que sofrem desse transtorno acreditam, de forma distorcida, que ainda são pequenas ou fracas, mesmo estando visivelmente musculosas.

Essa insatisfação persistente com a aparência física leva a comportamentos compulsivos relacionados à prática de exercícios, alimentação e, em muitos casos, ao uso de anabolizantes.

Mas o problema vai muito além da busca por um corpo saudável ou esteticamente bonito, pois, na vigorexia, a autoimagem está profundamente comprometida, e a identidade da pessoa passa a se confundir com o ideal corporal que ela tenta alcançar a qualquer custo.

Assim, a rotina é dominada por treinos intensos, dietas restritivas e um monitoramento constante da aparência, o que compromete significativamente a qualidade de vida, os relacionamentos e a saúde mental.

Vale dizer que esse transtorno é classificado como uma forma específica de transtorno dismórfico corporal, e costuma surgir na adolescência ou início da vida adulta, justamente quando questões como autoestima, pertencimento social e identidade estão em formação.

Quais são os sintomas da vigorexia?

Os sintomas da vigorexia envolvem tanto aspectos comportamentais quanto emocionais, e geralmente surgem de forma progressiva.

No entanto, o principal sinal é a insatisfação constante com a aparência muscular, mesmo quando já há um desenvolvimento físico evidente. A pessoa sente que "nunca é o bastante" e vive em função de alcançar um corpo idealizado.

Além disso, entre os sintomas mais comuns, destacam-se:

Preocupação excessiva com o tamanho e a definição dos músculos;

Treinamento físico compulsivo, com rotinas exaustivas e rígidas;

Dietas restritivas e hiperproteicas, voltadas exclusivamente para o ganho muscular;

Uso frequente de suplementos e anabolizantes, muitas vezes sem orientação profissional;

Isolamento social, evitando situações que atrapalhem os treinos ou revelem inseguranças com o corpo;

Sentimentos recorrentes de ansiedade, frustração, irritabilidade ou depressão relacionados à autoimagem;

Baixa autoestima, mesmo com resultados visíveis de hipertrofia.

Esses sintomas podem interferir significativamente na vida pessoal, profissional e emocional, tornando o cotidiano da pessoa limitado ao culto do corpo e à busca incessante por resultados estéticos.

O que pode causar esse tipo de transtorno dismórfico corporal?

A vigorexia não tem uma causa única, mas resulta da combinação de fatores psicológicos, biológicos e socioculturais.

Em muitos casos, ela surge a partir de uma baixa autoestima ou de uma percepção distorcida da própria imagem, que leva a comportamentos de comparação e autocrítica constantes.

Então, entre os principais fatores associados, destacam-se:

Pressão social e cultural para que o homem seja forte e musculoso, reforçada por mídias, celebridades e influenciadores digitais;

Histórico de bullying ou críticas sobre o corpo, especialmente na infância e adolescência;

Transtornos emocionais prévios, como ansiedade, depressão ou transtorno obsessivo-compulsivo;

Ambientes competitivos, como academias ou esportes que valorizam a hipertrofia;

Predisposição genética e familiar, já que distúrbios ligados à autoimagem podem ter influên...