
28 August 2025
Como o excesso de estímulos afeta o desenvolvimento infantil
Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
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Vivemos em uma era de hiperconectividade. As telas estão por toda parte, os sons se multiplicam ao nosso redor e a oferta de brinquedos, conteúdos e atividades para crianças nunca foi tão grande.
Embora essa diversidade pareça, à primeira vista, uma vantagem, o excesso de estímulos pode afetar negativamente o desenvolvimento infantil em diferentes dimensões: cognitiva, emocional, social e até física.
O que são estímulos e por que o excesso preocupa?
Estímulos são todas as informações que chegam aos nossos sentidos: sons, luzes, cheiros, toques, imagens.
No contexto do desenvolvimento infantil, estímulos são essenciais - eles promovem a aprendizagem, o vínculo social e a descoberta do mundo.
No entanto, quando esses estímulos são muitos, constantes e desorganizados, o efeito pode ser oposto ao desejado.
O cérebro infantil, ainda em processo de maturação, pode ter dificuldade para processar e organizar tantas informações ao mesmo tempo, o que pode gerar estresse, irritabilidade, ansiedade e dificuldade de concentração.
O impacto do excesso de estímulos no cérebro infantil
O cérebro das crianças está em constante formação. Até os seis anos de idade, ocorrem grandes saltos no desenvolvimento das conexões neurais.
Durante esse período, o ambiente tem papel fundamental na forma como essas conexões se estabelecem e se fortalecem.
Quando a criança é exposta a muitos estímulos simultaneamente - como televisão ligada enquanto brinca, celular nas refeições, brinquedos barulhentos o tempo todo - o cérebro passa a atuar em modo de alerta constante.
Isso pode afetar áreas importantes, como o córtex pré-frontal, responsável pela regulação emocional, atenção e tomada de decisões.
Sobrecarga sensorial
A sobrecarga sensorial acontece quando os sistemas sensoriais da criança recebem mais informações do que conseguem processar.
Isso pode se manifestar por meio de comportamentos como agitação, birras, irritabilidade e até recusa a determinadas atividades ou ambientes.
É importante observar se a criança apresenta reações intensas diante de barulhos, luzes ou lugares com muita gente.
Esses sinais podem indicar que ela está sofrendo com o excesso de estímulos.
Estresse tóxico
Quando o excesso de estímulos se torna frequente e não há períodos de descanso ou acolhimento emocional, a criança pode desenvolver o que os especialistas chamam de estresse tóxico.
Nesse estado, há uma liberação constante de hormônios como o cortisol, que podem prejudicar o desenvolvimento cerebral a longo prazo.
Crianças submetidas a estresse tóxico podem apresentar dificuldades emocionais, baixa tolerância à frustração e problemas de aprendizagem.
Se você sente que sua criança está sobrecarregada, um psicólogo pode ajudar a identificar as causas e propor estratégias para um ambiente mais equilibrado.
O papel das telas no excesso de estímulos
As telas - celulares, tablets, computadores e televisores - são uma das principais fontes de estímulos intensos e contínuos na infância atual.
Além de luzes e sons fortes, muitos conteúdos são rápidos, coloridos e mudam constantemente, o que exige muito do processamento cognitivo da criança.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que crianças menores de dois anos não sejam expostas a telas e que o tempo seja limitado para as demais faixas etárias, sempre com supervisão.
Isso porque o uso excessivo pode estar relacionado a atrasos na linguagem, problemas de sono e déficit de atenção.
A ilusão do conteúdo educativo
Nem todo conteúdo rotulado como "educativo" é, de fato, benéfico para a criança.
Muitos vídeos e aplicativos utilizam elementos visuais e sonoros apelativos para prender a atenção da criança, mas oferecem pouca profundidade em termos de desenvolvimento cognitivo.
A aprendizagem real ocorre de forma ativa, por meio de interação, manipulação e experimentação.
Por isso, brincar com blocos, desenhar, conversar com adultos e explorar o ambiente ainda são os caminhos mais eficazes de aprendizagem.
O uso de telas como "babá el...
Embora essa diversidade pareça, à primeira vista, uma vantagem, o excesso de estímulos pode afetar negativamente o desenvolvimento infantil em diferentes dimensões: cognitiva, emocional, social e até física.
O que são estímulos e por que o excesso preocupa?
Estímulos são todas as informações que chegam aos nossos sentidos: sons, luzes, cheiros, toques, imagens.
No contexto do desenvolvimento infantil, estímulos são essenciais - eles promovem a aprendizagem, o vínculo social e a descoberta do mundo.
No entanto, quando esses estímulos são muitos, constantes e desorganizados, o efeito pode ser oposto ao desejado.
O cérebro infantil, ainda em processo de maturação, pode ter dificuldade para processar e organizar tantas informações ao mesmo tempo, o que pode gerar estresse, irritabilidade, ansiedade e dificuldade de concentração.
O impacto do excesso de estímulos no cérebro infantil
O cérebro das crianças está em constante formação. Até os seis anos de idade, ocorrem grandes saltos no desenvolvimento das conexões neurais.
Durante esse período, o ambiente tem papel fundamental na forma como essas conexões se estabelecem e se fortalecem.
Quando a criança é exposta a muitos estímulos simultaneamente - como televisão ligada enquanto brinca, celular nas refeições, brinquedos barulhentos o tempo todo - o cérebro passa a atuar em modo de alerta constante.
Isso pode afetar áreas importantes, como o córtex pré-frontal, responsável pela regulação emocional, atenção e tomada de decisões.
Sobrecarga sensorial
A sobrecarga sensorial acontece quando os sistemas sensoriais da criança recebem mais informações do que conseguem processar.
Isso pode se manifestar por meio de comportamentos como agitação, birras, irritabilidade e até recusa a determinadas atividades ou ambientes.
É importante observar se a criança apresenta reações intensas diante de barulhos, luzes ou lugares com muita gente.
Esses sinais podem indicar que ela está sofrendo com o excesso de estímulos.
Estresse tóxico
Quando o excesso de estímulos se torna frequente e não há períodos de descanso ou acolhimento emocional, a criança pode desenvolver o que os especialistas chamam de estresse tóxico.
Nesse estado, há uma liberação constante de hormônios como o cortisol, que podem prejudicar o desenvolvimento cerebral a longo prazo.
Crianças submetidas a estresse tóxico podem apresentar dificuldades emocionais, baixa tolerância à frustração e problemas de aprendizagem.
Se você sente que sua criança está sobrecarregada, um psicólogo pode ajudar a identificar as causas e propor estratégias para um ambiente mais equilibrado.
O papel das telas no excesso de estímulos
As telas - celulares, tablets, computadores e televisores - são uma das principais fontes de estímulos intensos e contínuos na infância atual.
Além de luzes e sons fortes, muitos conteúdos são rápidos, coloridos e mudam constantemente, o que exige muito do processamento cognitivo da criança.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que crianças menores de dois anos não sejam expostas a telas e que o tempo seja limitado para as demais faixas etárias, sempre com supervisão.
Isso porque o uso excessivo pode estar relacionado a atrasos na linguagem, problemas de sono e déficit de atenção.
A ilusão do conteúdo educativo
Nem todo conteúdo rotulado como "educativo" é, de fato, benéfico para a criança.
Muitos vídeos e aplicativos utilizam elementos visuais e sonoros apelativos para prender a atenção da criança, mas oferecem pouca profundidade em termos de desenvolvimento cognitivo.
A aprendizagem real ocorre de forma ativa, por meio de interação, manipulação e experimentação.
Por isso, brincar com blocos, desenhar, conversar com adultos e explorar o ambiente ainda são os caminhos mais eficazes de aprendizagem.
O uso de telas como "babá el...