Autismo em adultos: como identificar, diagnosticar e lidar diariamente
30 September 2025

Autismo em adultos: como identificar, diagnosticar e lidar diariamente

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O autismo em adultos, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição que afeta o desenvolvimento neurológico do indivíduo, o que envolve alterações na comunicação social e no comportamento.

Nos adultos, os sinais de autismo podem incluir a dificuldade de interpretar sinais sociais e de expressar emoções, assim como a hipersensibilidade a estímulos sensoriais.

Convém mencionar que esses sintomas variam de acordo com o nível e a gravidade do transtorno e com a particularidade do indivíduo.

Neste artigo, nos aprofundaremos neste assunto, incluindo formas de identificar o autismo em adultos, níveis e como funciona a mente de um adulto autista. Boa leitura!

1. Como identificar autismo em adultos?

2. Sinais do autismo em adultos

3. Qual é a importância do diagnóstico tardio?

4. Tratamento para autismo adulto

5. Níveis de autismo em adultos

6. O autismo da infância é o mesmo da vida adulta?

7. Como funciona a mente de um autista adulto?

8. Como o autismo se manifesta em adultos?

9. Crise de autismo em adultos

10. Dicas para lidar com os desafios do TEA na vida adulta

11. Por que o diagnóstico de autismo em adultos é frequentemente tardio?

Como identificar autismo em adultos?

O diagnóstico de autismo em adultos deve ser realizado por um neurologista, psicólogo e/ou psiquiatra especialistas em Transtorno do Espectro Autista (TEA). Envolve uma série de etapas, sendo elas:

1. Avaliação clínica

Inicialmente, é realizada uma anamnese apurada, na qual o especialista questiona o indivíduo sobre os sintomas que já identificou, problemas relacionados à comunicação e socialização, padrões de comportamento, regulação emocional, entre outros tópicos.

2. Avaliação de histórico familiar

Durante a anamnese, o especialista também deve apurar o histórico familiar do paciente. Para isso, são feitas perguntas sobre a infância e sobre os parentes de primeiro grau para que se compreenda como os sintomas afetam o indivíduo e de onde podem ter surgido.

3. Aplicação de testes e questionários

A aplicação de testes e questionários também pode ser necessária, dependendo da necessidade do caso e abordagem do profissional. Esses recursos são importantes porque, junto às escalas padronizadas, permitem situar o paciente no espectro.

4. Avaliação multidisciplinar

Para que sejam descartadas possíveis condições clínicas, a avaliação multidisciplinar é necessária, o que pode envolver exames de tomografia, de sangue, entre outros.

Sinais do autismo em adultos

O autismo é uma condição presente desde a infância. Porém, em níveis leves, os sinais podem aparecer tardiamente. Nesse caso, os indícios mais comuns na fase adulta são:

Dificuldades de comunicação: o indivíduo tem limitação para interpretar a linguagem não-verbal - como expressões faciais - e para compreender falas abstratas e mensagens com duplo sentido.

Rigidez comportamental: o autista adulto possui dificuldade de pensar de modo flexível e de se adaptar a novas ideias ou situações. Assim, prefere ambientes e contextos habituais e previsíveis, do contrário, ficam ansiosos e irritados.

Sensibilidade sensorial: alguns autistas podem apresentar baixa tolerância a estímulos sensoriais, como barulhos, muita iluminação, ambientes agitados, etc.

Dificuldade para expressar as emoções: o indivíduo é muito discreto na expressão de suas emoções - boas e ruins -, o que o faz parecer uma pessoa seca ou com pouca empatia pelas demais.

Hiperfoco: alguns adultos com TEA podem apresentar interesses restritos e repetitivos em determinadas áreas, o que os torna bastante talentosos e com um desempenho acima da média em algumas atividades.

Se o adulto notar que algum desses sintomas tem se feito presente em sua vida há algum tempo e tem prejudicado o dia a dia e as relações interpessoais, então é indispensável buscar ajuda de um neuropsicólogo para que a avaliação seja realizada o quanto antes.

Qual é a importância do diagnóstico tardio?

É fato que quanto mais cedo acontecer o diagnóstico do autismo, m...