
21 August 2025
A relação entre música e regulação emocional
Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
About
A música sempre foi uma presença constante na história da humanidade. Seja como forma de expressão, celebração ou conexão espiritual, ela acompanha nossas emoções e memórias.
Com os avanços da psicologia e das neurociências, hoje sabemos que a música também desempenha um papel importante na regulação emocional, que é um aspecto fundamental da saúde mental.
O que é regulação emocional?
A regulação emocional é a capacidade de monitorar, avaliar e modificar nossas respostas emocionais, especialmente em contextos desafiadores.
Ela não significa "controlar" emoções no sentido de reprimir, mas sim compreendê-las e expressá-las de forma saudável e adequada.
Pessoas com boa regulação emocional conseguem, por exemplo, se acalmar após um momento de estresse, mudar o foco após um conflito ou encontrar formas construtivas de lidar com frustrações.
Já dificuldades nesse aspecto podem levar a explosões de raiva, crises de ansiedade ou sensação constante de descontrole.
A música como reguladora natural das emoções
Muitas vezes usamos a música de forma intuitiva para regular o que sentimos.
Escolhemos uma playlist animada para nos motivar, ouvimos uma canção suave para relaxar ou colocamos uma música triste para acompanhar um momento de dor.
Mas por que isso funciona?
Estudos apontam que a música tem efeitos diretos em áreas cerebrais relacionadas à emoção, como o sistema límbico, que inclui a amígdala e o hipocampo. Ao ouvir música, neurotransmissores como dopamina e serotonina são liberados, promovendo prazer, alívio ou bem-estar.
Além disso, o ritmo, a melodia e a letra da música podem atuar como gatilhos emocionais, trazendo à tona memórias e sentimentos associados, permitindo que entremos em contato com emoções que às vezes estavam ocultas ou reprimidas.
A música não apenas regula o que sentimos, como também nos ajuda a dar sentido ao que estamos vivendo.
Ouvir uma música que "fala exatamente o que estamos sentindo" pode criar um espaço interno de validação, conexão e elaboração emocional.
Esse processo pode ter efeito terapêutico.
Quando ouvimos uma música raivosa, triste ou de amor não correspondido, muitas vezes sentimos que não estamos sozinhos. A arte expressa sentimentos que, às vezes, não conseguimos verbalizar.
Estratégias de regulação emocional com música
Embora muitas pessoas já utilizem a música como suporte emocional, é possível tornar esse uso mais consciente e estratégico.
A seguir, apresentamos algumas formas de empregar a música como ferramenta de autorregulação.
1. Escuta ativa
A escuta ativa envolve prestar atenção plena à música, concentrando-se na letra, nos instrumentos, no ritmo e nas sensações que ela desperta.
Essa prática permite que a pessoa se conecte mais profundamente com seus sentimentos e reflita sobre eles.
Por exemplo, em momentos de tristeza, ouvir uma música melancólica pode ajudar a nomear o que se sente e permitir o choro, facilitando a liberação emocional.
2. Escuta moduladora
Nesse tipo de escuta, a pessoa utiliza músicas para mudar seu estado emocional. Um exemplo seria ouvir algo enérgico para combater o desânimo ou escutar músicas calmas antes de dormir.
Essa estratégia é útil para transições emocionais, como sair de um estado de irritação para um de relaxamento.
3. Criação musical
Tocar um instrumento, cantar ou compor músicas são formas ativas de expressão emocional.
A criação musical permite elaborar sentimentos através da linguagem artística, muitas vezes mais rica e profunda do que a comunicação verbal.
Essa prática também estimula a criatividade e promove sensação de realização e identidade, elementos importantes na saúde emocional.
A música como apoio no tratamento psicológico
Muitos psicólogos utilizam elementos musicais em contextos clínicos.
Embora a musicoterapia seja uma área com formação e técnicas específicas, outros profissionais da saúde mental também reconhecem o valor terapêutico da música como ferramenta complementar.
Em sessões de psicoterapia, pode-se explorar com o pacien...
Com os avanços da psicologia e das neurociências, hoje sabemos que a música também desempenha um papel importante na regulação emocional, que é um aspecto fundamental da saúde mental.
O que é regulação emocional?
A regulação emocional é a capacidade de monitorar, avaliar e modificar nossas respostas emocionais, especialmente em contextos desafiadores.
Ela não significa "controlar" emoções no sentido de reprimir, mas sim compreendê-las e expressá-las de forma saudável e adequada.
Pessoas com boa regulação emocional conseguem, por exemplo, se acalmar após um momento de estresse, mudar o foco após um conflito ou encontrar formas construtivas de lidar com frustrações.
Já dificuldades nesse aspecto podem levar a explosões de raiva, crises de ansiedade ou sensação constante de descontrole.
A música como reguladora natural das emoções
Muitas vezes usamos a música de forma intuitiva para regular o que sentimos.
Escolhemos uma playlist animada para nos motivar, ouvimos uma canção suave para relaxar ou colocamos uma música triste para acompanhar um momento de dor.
Mas por que isso funciona?
Estudos apontam que a música tem efeitos diretos em áreas cerebrais relacionadas à emoção, como o sistema límbico, que inclui a amígdala e o hipocampo. Ao ouvir música, neurotransmissores como dopamina e serotonina são liberados, promovendo prazer, alívio ou bem-estar.
Além disso, o ritmo, a melodia e a letra da música podem atuar como gatilhos emocionais, trazendo à tona memórias e sentimentos associados, permitindo que entremos em contato com emoções que às vezes estavam ocultas ou reprimidas.
A música não apenas regula o que sentimos, como também nos ajuda a dar sentido ao que estamos vivendo.
Ouvir uma música que "fala exatamente o que estamos sentindo" pode criar um espaço interno de validação, conexão e elaboração emocional.
Esse processo pode ter efeito terapêutico.
Quando ouvimos uma música raivosa, triste ou de amor não correspondido, muitas vezes sentimos que não estamos sozinhos. A arte expressa sentimentos que, às vezes, não conseguimos verbalizar.
Estratégias de regulação emocional com música
Embora muitas pessoas já utilizem a música como suporte emocional, é possível tornar esse uso mais consciente e estratégico.
A seguir, apresentamos algumas formas de empregar a música como ferramenta de autorregulação.
1. Escuta ativa
A escuta ativa envolve prestar atenção plena à música, concentrando-se na letra, nos instrumentos, no ritmo e nas sensações que ela desperta.
Essa prática permite que a pessoa se conecte mais profundamente com seus sentimentos e reflita sobre eles.
Por exemplo, em momentos de tristeza, ouvir uma música melancólica pode ajudar a nomear o que se sente e permitir o choro, facilitando a liberação emocional.
2. Escuta moduladora
Nesse tipo de escuta, a pessoa utiliza músicas para mudar seu estado emocional. Um exemplo seria ouvir algo enérgico para combater o desânimo ou escutar músicas calmas antes de dormir.
Essa estratégia é útil para transições emocionais, como sair de um estado de irritação para um de relaxamento.
3. Criação musical
Tocar um instrumento, cantar ou compor músicas são formas ativas de expressão emocional.
A criação musical permite elaborar sentimentos através da linguagem artística, muitas vezes mais rica e profunda do que a comunicação verbal.
Essa prática também estimula a criatividade e promove sensação de realização e identidade, elementos importantes na saúde emocional.
A música como apoio no tratamento psicológico
Muitos psicólogos utilizam elementos musicais em contextos clínicos.
Embora a musicoterapia seja uma área com formação e técnicas específicas, outros profissionais da saúde mental também reconhecem o valor terapêutico da música como ferramenta complementar.
Em sessões de psicoterapia, pode-se explorar com o pacien...