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Podcast destinado a ensaios sobre obras, técnicas e movimentos cinematográficos. Acesse youtube.com/artecines
Da vanguarda à resiliência: o cinema de Lilly e Lana Wachowski
11 September 2020
Da vanguarda à resiliência: o cinema de Lilly e Lana Wachowski

Recentemente a cineasta Lilly Wachowski participou de uma live no canal Netflix Film Club onde revelou que seu filme Matrix de 1999 se trata de uma alegoria sobre sua transição de gênero. Mesmo antes deste anúncio, Matrix já se mostrava um filme repleto de alegorias, que como toda boa obra cinematográfica deve ser, se abre às mais diversas leituras a partir das experiências do seu público.  



Durante essa live, Lilly diz o seguinte sobre o tema da transexualidade em Matrix: “O mundo não estava preparado para isso. O mundo corporativo não estava pronto”, e ela conclui seu raciocínio do seguinte modo: “Nós existíamos em um espaço no qual palavras não faziam sentido, então sempre vivemos em um mundo de imaginação. Por isso nos aproximamos da ficção científica e da fantasia. Sempre gostamos de criar os nossos mundos. Isso também nos libertou como cineastas”.  



Essa frase final, nos libertou como cineastas diz mais sobre toda a carreira e as obras de Lana e Lilly Wachowski do que somente sobre Matrix e sobre isso que falaremos nesse episódio.




Roteiro, Edição e Montagem: Fernando Machado Narração: Marina Oliveira Arte da Capa: Fernando Machado




Ouça o podcast do Plano-Sequência sobre Lana e Lilly Wachowski.: 




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Referências:


Why The Matrix Is a Trans Story According to Lilly Wachowski | Netflix 


Diretora afirma que ‘Matrix’ é sobre pessoas trans e reforça pioneirismo do clássico de Hollywood -



INSPIRE-SE NO GUARDA-ROUPA DE ‘MATRIX’ ENQUANTO ESPERA PELO QUARTO FILME DA SAGA 


O CINEMA DAS WACHOWSKI: ANOTAÇÕES EM FRAGMENTOS:



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"Bacurau", cinema de gênero e resistência
02 September 2019
"Bacurau", cinema de gênero e resistência

Ainda que “Bacurau” pareça um filme feito para o nossos dias, ele retrata uma situação que sempre existiu, não só no Brasil, mas no mundo todo, onde grupos poderosos passam por cima dos mais vulneráveis em nome de um progresso que só perpetua seus privilégios. “Bacurau” resiste, não apenas a um Brasil que mata seu povo com tiros a esmo nas favelas do país. Resiste, não apenas a um Brasil que mata seu povo de fome e finge que nada acontece. Resiste, não apenas a um Brasil que mata seu povo pelo preconceito, pelo racismo, pela machismo e pela homofobia. Resiste, não apenas a um Brasil que mata seu povo ao promover uma guerra às drogas onde o preto pobre morre mas o branco rico continua comprando sua droga sem grandes incômodos. Mas também resiste a um Brasil que quer acabar com a cultura, tirando a voz desse povo que não quer e nem vai se calar. “Bacurau” resiste, por que nós também resistimos.




Roteiro, Narração, Edição e Montagem: Fernando Machado




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Materiais utilizados no episódio:


#12: "Bacurau" parte 2 (sem spoilers) - Kleber Mendonça Filho, cineasta


O novo cinema de terror no Brasil: Diretores e produtores debatem preconceito, bilheteria e identidade nacional: 


Bacurau é um filme de resistência, defendem os diretores Kleber Mendonça e Juliano Dornelles: 




Trilha Sonora:


Música: "Réquiem para Matraga" /  Artista: Geraldo Vandré


Música: "Night"  / Artista: John Carpenter


Música: "The Thing"  / Artista: The City of Prague Philharmonic Orchestra / Compositores: Ennio Morricone