Episódio #230 - Amostragem Multi-Incremento
23 May 2025

Episódio #230 - Amostragem Multi-Incremento

Áreas Contaminadas

About

Esse é o Episódio #230 do Podcast Áreas Contaminadas, sobre Amostragem Multi-Incremento ou Protocolo ISM do ITRC. Quem quiser e puder, torne-se um apoiador dos nossos canais no Apoia.Se: https://apoia.se/ecdambiental.

Este episódio fala de uma estratégia de investigação que usa estatística para avaliar se uma determinada Unidade de Decisão (UD), que é uma área do terreno escolhida pelo Responsável Técnico, está impactada, com o objetivo de reduzir a incerteza decorrente da variação espacial de possíveis impactos no solo. Essa abordagem ficou conhecida no Brasil como amostragem Multi-Incremento, nome decorrente da sua origem, do HEER Office do Havaí, onde se chamou DU-MIS (Amostragem Multi-Incremento em Unidades de Decisão), mas o nome Multi-Incremento foi patenteado por uma empresa. O ITRC bebeu nessa fonte e publicou um documento em 2012 chamado ISM (Incremental Soil Methodology), um pouco diferente do original, mas que se tornou predominante no Brasil. Esse protocolo foi revisado em 2020.

O grande objetivo dessa metodologia é considerar a heterogeneidade e variação espacial, por isso, é indicada para SQIs que sejam “imóveis” no solo superficial. Ela se baseia em escolher Unidades de Decisão menores que 500 m2, dentro de algum critério (proximidade de eventual fonte, via de exposição, tipo de solo, etc) e coletar 30-100 incrementos em triplicata (ou seja 90-300 no total) dentro de cada UD, fazer um processo com esses incrementos, enviar 3 amostras para o laboratório, verificar, para cada SQI, a média e desvio padrão das concentrações, e fazer o teste t de Student para se obter a menor concentração estatística daquela UD com 95% de confiança. Essa menor concentração estatística servirá para as tomadas de decisão.

No Brasil, ela é usada, basicamente, para screening de metais em áreas com modelo conceitual 1B ou 1C após a preliminar, mas, por um lado, poderia ser mais usada para outras finalidades, como a própria investigação confirmatória em alguns casos e, por outro, embasando decisões equivocadas. Mas a principal limitação que vemos na aplicação da ISM aqui é a má execução, com UDs mal definidas, sem triplicata, sem avaliação estatística. Espero que esse episódio ajude.

Recomendo muito a leitura do protocolo do ITRC: https://ism-2.itrcweb.org/

 

O nosso patrocinador Master é a Clean Environment Brasil (www.clean.com.br) Nossos patrocinadores Ouro são o Econsulting Laboratório (https://econsulting.com.br/) , a Vapor Solutions (https://vaporsolutions.com.br/) e a Columbia Technologies (https://www.columbiatechnologies.com/)

 

Para aqueles que querem receber por e-mail nossa newsletter com notícias, novidades, avisos e outros assuntos ligados ao GAC, por favor, se inscrevam preenchendo o breve formulário no link: https://forms.gle/bo9fTRGMWveDnFht8

 

Agradeço muito aos atuais colaboradores da ECD no Apoia.Se: Ábila de Moraes, Alison Dourado, Allan Umberto, Álvaro Guerra, André Souza, Atila Pessoa, Augusto Amável, Beatriz Lukasak, Bruna Fiscuk, Bruno Balthazar, Bruno Bezerra, Carlos Marteleto, Carlos Tolentino, Cristina Maluf, Diego Silva, Fabiano Rodrigues, Fernanda Nani, Filipe Ferreira, Gilberto Vilas Boas, Heraldo Giacheti, Hermano Fernandes, Igeologico, João Paulo Dantas, José GustavoMacedo, Juliana Mantovani, Julio Costa, Leandro Freitas, Lilian Puerta, Luana Fernandes, Luiz Ferreira, Marcelo Silva, Marcos Akira Ueda, Marina Melo, Nádia Hoffman, Rafael Godoy, Rafael Sousa, Renata Machado Lima, Rodrigo Alves,Rodrigo Gaudie-Ley, Silvio Almeida, Sueli Almeida, Tamara Dias, Tatiana Sitolini, Tatianne Grilleni, Tiago Soares, Wagner Rodrigo, Willem Takiya, e mais 8 apoiadores anônimos.

Muito obrigado a vocês, que são os principais responsáveispela manutenção dos nossos canais de divulgação. Assim, poderemos ir ainda mais longe!!!!