“Montaigne" é um dos ensaios de Virginia Woolf (1882-1941) em O Sol e o Peixe que abre seu livro e compõe a parte I: A vida e a arte. É como se o texto refrescasse as ideias do autor do século XVI, debruçando-se sobre algumas das principais conceituações do “grande mestre da arte da vida”. No século XX, Virginia entrecruza suas reflexões com as do autor francês. Les Essais foram publicados por Michel de Montaigne (1533-1592) em 1580. “Seu livro era ele próprio”, afirma ela. A interpretação é de uma beleza esplêndida. Virginia explica os bons riscos que fazem a vida valer ainda mais. Afirma que retratar a si mesmo é lícito, contudo, escrever sobre si, entender a si mesmo, comunicar verdadeiramente o que se é, seja empreendimento espinhoso. A autora inglesa também dá seus conselhos, como o de que, ao escrever, se evite a rapsódia e a eloquência, enquanto que a melhor prosa é a mais plena de poesia. Questiona: “é razoável que a vida de um sábio dependa do julgamento dos tolos?” e explana sobre a L’âme bien née, pois a verdade só pode ser conhecida pela alma bem nascida. E por isso, devemos dizer abertamente aos nossos amigos o quanto deles gostamos. Ao viajar, lembre-se que o caminho é tudo e que o prazer deve ser partilhado. Ela faz críticas àqueles que viajam apenas para voltar e também aos excessos de manias. Em resumo, comunicar é a nossa principal tarefa e nada mais importa, a não ser a vida. “Que a morte nos encontre plantando nossas couves”, deseja. Boa leitura!
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