< Salmos 74

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[1] Por que nos rejeitaste para sempre, ó Deus? Por que se acende a tua ira contra as ovelhas da tua pastagem?
[2] Lembra‑te do povo que adquiriste em tempos passados, da tribo da tua herança que resgataste e do monte Sião, onde habitaste.
[3] Volta os teus passos para aquelas ruínas perpétuas, para toda a destruição que o inimigo causou no teu santuário.
[4] Os teus adversários vociferaram no lugar das tuas assembleias conosco e hastearam suas bandeiras em sinal de vitória.
[5] Pareciam homens armados com machados que invadem um bosque cerrado.
[6] Com machados e marretas esmigalharam todos os revestimentos de madeira esculpida.
[7] Atearam fogo ao teu santuário; profanaram a habitação do teu nome, arrasando‑a até o chão.
[8] Disseram no coração: “Vamos acabar com eles!”. Queimaram todos os santuários do país.
[9] Já não vemos sinais milagrosos; já não há profetas, e nenhum de nós sabe até quando isso continuará.
[10] Até quando o adversário irá zombar, ó Deus? Será que o inimigo blasfemará contra o teu nome para sempre?
[11] Por que reténs a tua mão, a tua mão direita? Não fiques de braços cruzados! Destrói‑os!
[12] Contudo, Deus é o meu Rei desde a antiguidade; ele realiza atos de salvação sobre a terra.
[13] Tu dividiste o mar pelo teu poder; quebraste a cabeça das serpentes das águas.
[14] Esmagaste as cabeças do Leviatã e o deste por comida às criaturas do deserto.
[15] Tu abriste fontes e regatos; secaste rios perenes.
[16] O dia é teu, e tua também é a noite; estabeleceste a lua e o sol.
[17] Determinaste todas as fronteiras da terra; fizeste o verão e o inverno.
[18] Lembra‑te de como o inimigo tem zombado de ti, ó Senhor, como os insensatos têm blasfemado contra o teu nome.
[19] Não entregues a vida da tua pomba aos animais selvagens; não te esqueças para sempre da vida do teu povo indefeso.
[20] Dá atenção à tua aliança, porque de antros de violência se enchem os lugares sombrios do país.
[21] Não deixes que o oprimido se retire humilhado! Faz que o pobre e o necessitado louvem o teu nome.
[22] Levanta‑te, ó Deus, e defende a tua causa; lembra‑te de como os insensatos zombam de ti sem cessar.
[23] Não ignores a gritaria dos teus adversários, o crescente tumulto dos teus inimigos.