< Lucas 15

Listen to this chapter • 4 min
[1] Todos os publicanos e pecadores se aproximaram de Jesus para ouvi‑lo.
[2] Contudo, os fariseus e os mestres da lei o criticavam: ― Este homem recebe pecadores e come com eles.
[3] Então, Jesus lhes contou esta parábola:
[4] ― Qual de vocês que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma, não deixa as noventa e nove no campo e vai atrás da ovelha perdida, até encontrá‑la?
[5] E, quando a encontra, coloca‑a alegremente nos ombros
[6] e vai para casa. Ao chegar, reúne os seus amigos e vizinhos e diz: “Alegrem‑se comigo, pois encontrei a minha ovelha perdida”.
[7] Eu lhes digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam se arrepender.
[8] ― Ou qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e perdendo uma delas, não acende uma lâmpada, varre a casa e procura atentamente até encontrá‑la?
[9] Esta, quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas e diz: “Alegrem‑se comigo, pois encontrei a minha moeda perdida”.
[10] Eu digo que, da mesma forma, há alegria na presença dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.
[11] Jesus continuou: ― Um homem tinha dois filhos.
[12] O mais novo disse ao pai: “Pai, quero a minha parte da herança”. Assim, o pai repartiu a propriedade entre eles.
[13] ― Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, foi para uma região distante e lá desperdiçou os seus bens, vivendo desenfreadamente.
[14] Depois de ter gastado tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade.
[15] Por isso, foi empregar‑se com um dos cidadãos da região, que o mandou para o seu campo a fim de cuidar de porcos.
[16] Ele desejava alimentar‑se com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.
[17] ― Caindo em si, disse: “Quantos empregados do meu pai têm comida com fartura, e eu aqui morrendo de fome!
[18] Vou me levantar, voltar para o meu pai e dizer a ele: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti.
[19] Já não sou digno de ser chamado teu filho; trata‑me como um dos teus empregados’ ”.
[20] A seguir, levantou‑se e foi para o seu pai. ― Ele ainda estava longe quando o pai o viu, o qual, movido por compaixão, correu, abraçou‑o fortemente e ternamente o beijou.
[21] ― O filho lhe disse: “Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho”.
[22] ― Contudo, o pai disse aos seus servos: “Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem‑lhe um anel no dedo e calçados nos pés.
[23] Tragam o novilho gordo e matem‑no. Vamos comer e festejar.
[24] Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado”. Então, começaram a festejar o seu regresso.
[25] ― Enquanto isso, o filho primogênito estava no campo. Quando se aproximou da casa, ouviu a música e a dança.
[26] Então, chamou um dos servos e perguntou‑lhe o que estava acontecendo.
[27] Este lhe respondeu: “O seu irmão voltou, e o seu pai matou o novilho gordo, porque o recebeu de volta são e salvo”.
[28] ― O filho primogênito encheu‑se de ira e não quis entrar. Então, o pai saiu e insistiu com ele.
[29] Ele, porém, respondeu ao seu pai: “Olha! Todos estes anos tenho te servido e nunca desobedeci às tuas ordens. Entretanto, tu nunca me deste nem um cabrito para eu festejar com os meus amigos.
[30] Quando, porém, volta para casa esse teu filho, que esbanjou os teus bens com prostitutas, matas o novilho gordo para ele!”.
[31] ― O pai disse: “Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é seu.
[32] No entanto, tínhamos que festejar a volta deste seu irmão e alegrar‑nos, porque ele estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado”.