[2] ― O que vocês querem dizer quando citam este provérbio sobre Israel: “Os pais comem uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotam”?
[3] ― Tão certo como eu vivo, declara o Soberano Senhor, vocês não citarão mais esse provérbio em Israel.
[4] Pois todos me pertencem. Tanto o pai como o filho me pertencem. Aquele que pecar é que morrerá.
[5] Suponhamos que haja um justo que faz o que é certo e direito.
[6] Ele não come nos santuários que há nos montes nem olha para os ídolos do povo de Israel. Ele não contamina a mulher do próximo nem se deita com uma mulher durante os dias da sua menstruação.
[7] Ele não oprime ninguém; antes, devolve o que tomou como garantia em um empréstimo. Não comete roubos; antes, dá a sua comida aos famintos e fornece roupas aos despidos.
[8] Ele não empresta para ter lucro nem cobra juros. Ele retém a mão para não cometer erro e julga com justiça entre dois homens.
[9] Ele anda segundo os meus estatutos e obedece fielmente às minhas ordenanças. Esse homem é justo; com certeza, ele viverá. Palavra do Soberano Senhor.
[10] ― Suponhamos que ele tenha um filho violento, que derrama sangue ou faz qualquer uma destas outras coisas,
[11] embora o pai não tenha feito nenhuma delas: Ele come nos santuários que há nos montes. Contamina a mulher do próximo.
[12] Oprime os pobres e os necessitados. Comete roubos. Não devolve o que tomou como garantia. Eleva os olhos para os ídolos e pratica atos detestáveis.
[13] Empresta para ter algum lucro e cobra juros. Deverá viver um homem desse? Não! Por todas essas práticas detestáveis, com certeza será morto, e ele será responsável por sua própria morte.
[14] ― Mas suponhamos que esse filho tenha ele mesmo um filho que vê todos os pecados que o seu pai comete e, embora os veja, não os comete.
[15] Ele não come nos santuários que há nos montes nem eleva os seus olhos para os ídolos do povo de Israel. Não contamina a mulher do próximo.
[16] Não oprime ninguém nem exige garantia para um empréstimo. Não comete roubos, mas dá a sua comida aos famintos e fornece roupas aos despidos.
[17] Ele retém a mão para não maltratar o pobre, não empresta para ter algum lucro nem cobra juros. Obedece às minhas leis e anda segundo os meus estatutos. Ele não morrerá por causa da iniquidade do seu pai; certamente viverá.
[18] Mas o seu pai morrerá por causa da sua própria iniquidade, pois praticou extorsão, roubou o seu compatriota e fez o que era errado no meio do seu povo.
[19] ― Contudo, vocês perguntam: “Por que o filho não partilha da culpa do pai?”. Uma vez que o filho fez o que é justo e direito e teve o cuidado de obedecer a todos os meus estatutos, com certeza ele viverá.
[20] Aquele que pecar é que morrerá. O filho não levará a culpa do pai nem o pai levará a culpa do filho. A justiça do justo lhe será creditada, e a impiedade do ímpio lhe será cobrada.
[21] ― Mas, se um ímpio se desviar de todos os pecados que cometeu, obedecer a todos os meus estatutos e fizer o que é justo e direito, certamente viverá; não morrerá.
[22] Nenhuma das ofensas que cometeu será lembrada contra ele. Por causa dos atos de justiça que praticou, ele viverá.
[23] Teria eu algum prazer na morte do ímpio? Palavra do Soberano Senhor. Ao contrário, acaso não me agrada vê‑lo desviar‑se dos seus caminhos e viver?
[24] ― Contudo, se um justo se desviar da sua justiça e cometer pecado e as mesmas práticas detestáveis dos ímpios, deverá ele viver? Nenhum dos seus atos de justiça será lembrado! Por causa da infidelidade de que é culpado e dos pecados que cometeu, ele morrerá.
[25] ― Contudo, vocês dizem: “O caminho do Senhor não é justo”. Ouça, ó povo de Israel: O meu caminho é injusto? Não são os caminhos de vocês que são injustos?
[26] Se um justo se desviar da sua justiça e cometer pecado, morrerá por causa disso; por causa do pecado que cometeu, morrerá.
[27] Mas, se um ímpio se desviar da maldade que cometeu e fizer o que é justo e direito, ele salvará a sua vida.
[28] Por considerar todas as ofensas que cometeu e se desviar delas, ele, com certeza, viverá; não morrerá.
[29] Contudo, o povo de Israel diz: “O caminho do Senhor não é justo”. São injustos os meus caminhos, ó povo de Israel? Não são os caminhos de vocês que são injustos?
[30] ― Portanto, ó povo de Israel, eu os julgarei, a cada um de acordo com os seus caminhos. Palavra do Soberano Senhor. Arrependam‑se! Desviem‑se de todos os seus males, para que o pecado não cause a queda de vocês.
[31] Livrem‑se de todos os males que vocês cometeram e busquem um coração novo e um espírito novo. Por que deveriam morrer, ó povo de Israel?
[32] Pois não me agrada a morte de ninguém. Palavra do Soberano Senhor. Arrependam‑se e vivam!