< Atos 1

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[1] No meu livro anterior, Teófilo, escrevi a respeito de tudo o que Jesus começou a fazer e a ensinar
[2] até o dia em que foi elevado aos céus, depois de ter dado instruções por meio do Espírito Santo aos apóstolos que havia escolhido.
[3] Depois do seu sofrimento, Jesus apresentou‑se a eles com muitas provas indiscutíveis de que estava vivo, aparecendo‑lhes por um período de quarenta dias, nos quais falava acerca do reino de Deus.
[4] Certa ocasião, enquanto comia com eles, deu‑lhes esta ordem: ― Não saiam de Jerusalém, mas esperem pela promessa do meu Pai, da qual falei a vocês.
[5] Pois João batizou com água, mas vocês serão batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias.
[6] Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: ― Senhor, é neste tempo que vais restaurar o reino a Israel?
[7] Ele lhes respondeu: ― Não compete a vocês saber os tempos ou as épocas que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade.
[8] Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra.
[9] Tendo dito isso, foi elevado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles.
[10] Ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia. De repente, dois homens vestidos de branco se puseram ao lado deles
[11] e lhes disseram: ― Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado aos céus, voltará da mesma forma que o viram subir.
[12] Então, eles voltaram a Jerusalém, desde o monte chamado das Oliveiras, cuja distância da cidade é de uma caminhada de sábado.
[13] Quando chegaram, subiram ao aposento onde estavam hospedados. Achavam‑se presentes: Pedro, João, Tiago e André; Filipe, Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu; Simão, o zelote; e Judas, filho de Tiago.
[14] Todos eles se dedicavam unânimes à oração, com as mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele.
[15] Naqueles dias, Pedro levantou‑se entre os irmãos, um grupo de cerca de cento e vinte pessoas, e disse:
[16] ― Irmãos, era necessário que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse pela boca de Davi, a respeito de Judas, que serviu de guia aos que prenderam Jesus.
[17] Ele foi contado como um dos nossos e teve participação neste ministério.
[18] Ora, com o pagamento que recebeu pelo seu pecado, Judas comprou um campo. Ali caiu de cabeça, seu corpo partiu‑se ao meio e as suas vísceras se derramaram.
[19] Todos em Jerusalém ficaram sabendo disso, de modo que, na língua deles, esse campo passou a chamar‑se Aceldama, isto é, Campo de Sangue.
[20] ― Porque — prosseguiu Pedro — está escrito no livro de Salmos: “Fique deserto o seu lugar; não haja ninguém que nele habite”; e ainda: “Que outro ocupe o seu ofício”.
[21] Portanto, é necessário que escolhamos um dos homens que estiveram conosco durante todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu entre nós,
[22] desde o batismo de João até o dia em que Jesus foi elevado dentre nós às alturas. É preciso que um deles seja conosco testemunha da sua ressurreição.
[23] Então, indicaram dois nomes: José, chamado Barsabás, também conhecido como Justo, e Matias.
[24] Depois, oraram: ― Senhor, tu conheces o coração de todos. Mostra‑nos qual destes dois escolheste
[25] para assumir este ministério apostólico que Judas abandonou, indo para o lugar que lhe era devido.
[26] Então, lançaram sortes, e a sorte caiu sobre Matias. Assim, ele foi acrescentado aos onze apóstolos.