< Salmos 35

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[1] Defende‑me, Senhor, dos que me acusam; luta contra os que lutam comigo.
[2] Toma o teu broquel e o teu escudo; levanta‑te e vem socorrer‑me.
[3] Empunha a lança e o machado de guerra contra os meus perseguidores. Diz à minha alma: “Eu sou a sua salvação”.
[4] Sejam humilhados e desprezados os que procuram matar‑me; retrocedam frustrados os que tramam a minha ruína.
[5] Que eles sejam como a palha ao vento, e que o anjo do Senhor os expulse;
[6] seja a vereda deles sombria e escorregadia, e que o anjo do Senhor os persiga.
[7] Já que sem motivo prepararam contra mim uma armadilha oculta e sem motivo abriram uma cova para mim,
[8] que a ruína lhes sobrevenha de surpresa: sejam presos pela armadilha que prepararam; caiam nela para a sua própria ruína.
[9] Então, a minha alma exultará no Senhor e se regozijará na sua salvação.
[10] Todo o meu ser exclamará: “Quem se compara a ti, Senhor? Tu livras os necessitados daqueles que são mais poderosos do que eles, livras os necessitados e os pobres daqueles que os exploram”.
[11] Testemunhas maliciosas enfrentam‑me e questionam‑me sobre coisas de que nada sei.
[12] Elas me retribuem o bem com o mal; a minha alma está desolada.
[13] Contudo, quando estavam doentes, eu me vesti com pano de saco, humilhei‑me com jejum, mas a minha oração retornava sem resposta.
[14] Saí vagueando e pranteando, como por um amigo ou por um irmão. Eu me prostrei enlutado, como quem lamenta por sua mãe.
[15] Mas, quando tropecei, eles se reuniram alegres; sem que eu o soubesse, ajuntaram‑se para me atacar. Eles me agrediram sem cessar.
[16] Como ímpios caçoando do meu refúgio, rangem os dentes contra mim.
[17] Senhor, até quando ficarás olhando? Livra‑me dos ataques deles, livra a minha vida preciosa desses leões.
[18] Eu te darei graças na grande assembleia; no meio da grande multidão te louvarei.
[19] Não deixes que os meus inimigos traiçoeiros se divirtam à minha custa; não permitas que os que me odeiam sem razão troquem olhares de desprezo.
[20] Não falam pacificamente, mas planejam acusações falsas contra os que vivem tranquilamente na terra.
[21] Com a boca escancarada, riem de mim e me acusam: “Ah! Ah! Nós vimos com os próprios olhos!”.
[22] Tu viste isso, Senhor! Não fiques calado. Não te afastes de mim, Senhor,
[23] Acorda! Desperta! Faz‑me justiça! Defende a minha causa, meu Deus e Senhor meu.
[24] Julga‑me conforme a tua justiça, ó Senhor, meu Deus; não permitas que eles se alegrem à minha custa.
[25] Não deixes que pensem: “Ah! Era isso que queríamos!”. Nem que digam: “Nós o engolimos vivo!”.
[26] Sejam humilhados e frustrados todos os que se divertem à custa do meu sofrimento; cubram‑se de vergonha e desonra todos os que se acham superiores a mim.
[27] Cantem de alegria e regozijo todos os que desejam ver provada a minha inocência e sempre repitam: “O Senhor seja engrandecido! Ele tem prazer no bem-estar do seu servo”.
[28] Então, a minha língua proclamará a tua justiça e o teu louvor o dia inteiro.