< Provérbios 6

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[1] Meu filho, se você serviu de fiador ao seu próximo e se, com um aperto de mão, se empenhou por um estranho,
[2] então você caiu na armadilha das palavras da sua boca e é prisioneiro do que falou.
[3] Portanto, meu filho, uma vez que você caiu nas mãos do seu próximo, faça isto para se livrar: vá e humilhe‑se; incomode o seu próximo!
[4] Não permita que os seus olhos durmam, não dê repouso às suas pálpebras.
[5] Livre‑se como a gazela se livra do caçador, e como a ave se livra do laço do passarinheiro.
[6] Vá à formiga, ó preguiçoso! Observe os caminhos dela e seja sábio!
[7] Ela não tem chefe, nem supervisor, nem governante,
[8] e ainda assim armazena as suas provisões no verão e na época da colheita ajunta o seu alimento.
[9] Até quando você vai ficar deitado, ó preguiçoso? Quando se levantará do seu sono?
[10] “Vou dormir um pouco”, você diz. “Vou cochilar um momento; vou cruzar os braços para descansar um pouco mais”,
[11] e a sua pobreza sobrevirá como um assaltante, e a sua necessidade como um homem armado.
[12] O homem perverso é uma pessoa iníqua. Anda por aí com a boca corrupta;
[13] pisca o olho, arrasta os pés e faz sinais com os dedos;
[14] trama perversidades com o mal no seu coração e em todo o tempo provoca discórdia.
[15] Por isso, a desgraça se abaterá repentinamente sobre ele; de um golpe será destruído irremediavelmente.
[16] Há seis coisas que o Senhor odeia; sete que ele detesta:
[17] olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente,
[18] coração que trama planos perversos, pés que se apressam para fazer o mal,
[19] testemunha falsa que profere mentiras e aquele que provoca discórdia entre irmãos.
[20] Meu filho, guarde o mandamento do seu pai e não abandone o ensino da sua mãe.
[21] Amarre‑os sempre junto ao coração; ate‑os ao redor do pescoço.
[22] Quando você andar, eles o guiarão; quando deitar, eles o protegerão; quando acordar, falarão com você.
[23] Porque o mandamento é lâmpada, a instrução é luz, e as repreensões da disciplina são o caminho que conduz à vida.
[24] Eles o protegerão para guardar você da mulher má e dos enganos sutis da mulher adúltera.
[25] Não cobice no coração a sua beleza nem se deixe seduzir pelos seus olhares,
[26] pois o preço de uma prostituta é um pedaço de pão, mas a adúltera sai à caça de uma vida preciosa.
[27] Pode alguém colocar fogo no peito sem queimar a sua roupa?
[28] Pode alguém andar sobre brasas sem queimar os seus pés?
[29] Assim acontece com quem se deita com a mulher do seu próximo; esteja certo de que não ficará impune.
[30] O ladrão não é desprezado se, faminto, rouba para matar a fome.
[31] Contudo, se for pego, deverá pagar sete vezes o que roubou, embora isso lhe custe tudo o que tem em casa.
[32] O homem que comete adultério não tem juízo; todo aquele que assim procede a si mesmo destrói.
[33] Sofrerá ferimentos e vergonha, e a sua humilhação jamais se apagará,
[34] pois o ciúme desperta a fúria do marido, que não terá misericórdia quando se vingar.
[35] Não aceitará nenhuma compensação; ele recusará o suborno, por mais que você o aumente.