< Números 24

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[1] Quando Balaão viu que era bom aos olhos do Senhor abençoar Israel, não recorreu à magia como nas outras vezes, mas voltou o rosto para o deserto.
[2] Então, viu Israel acampado, tribo por tribo. O Espírito de Deus veio sobre ele,
[3] e ele pronunciou este oráculo: “Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra daquele cujos olhos veem claramente,
[4] palavra daquele que ouve as palavras de Deus, daquele que vê a visão que vem do Todo-poderoso, daquele que cai prostrado e cujos olhos estão abertos:
[5] “Quão belas são as suas tendas, ó Jacó, as suas habitações, ó Israel!
[6] “Como vales se estendem, como jardins que margeiam rios, como aloés plantados pelo Senhor, como cedros junto às águas.
[7] Os seus recipientes transbordarão com água; a sua semente terá água em abundância. “O seu rei será maior do que Agague; o seu reino será exaltado.
[8] “Deus os está trazendo do Egito; eles têm a força do boi selvagem. Devoram nações inimigas e despedaçam‑lhe os ossos; com suas flechas os atravessam.
[9] Como o leão e a leoa, eles se abaixam e se deitam; quem ousará despertá‑los? “Sejam abençoados os que os abençoarem e amaldiçoados os que os amaldiçoarem!”.
[10] Então, a ira de Balaque se acendeu contra Balaão, e, batendo as palmas das mãos, disse: ― Eu o chamei para amaldiçoar os meus inimigos, mas você já os abençoou três vezes!
[11] Agora, fuja para a sua casa! Eu disse que o honraria com glória, mas o Senhor o impediu de recebê‑la.
[12] Balaão, porém, respondeu a Balaque: ― Eu bem que avisei aos mensageiros que você me enviou:
[13] “Mesmo que Balaque me desse o palácio dele cheio de prata e de ouro, eu não poderia fazer coisa alguma da minha própria vontade, boa ou má, que vá além da ordem do Senhor e devo dizer somente o que o Senhor disser”.
[14] Agora estou voltando para o meu povo, mas venha, deixe‑me adverti‑lo do que este povo fará ao seu povo nos dias que virão.
[15] Então, pronunciou este seu oráculo: “Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra daquele cujos olhos veem claramente,
[16] daquele que ouve as palavras de Deus, que possui o conhecimento do Altíssimo, daquele que vê a visão que vem do Todo-poderoso, daquele que cai prostrado e cujos olhos estão abertos:
[17] “Eu o vejo, mas não agora; eu o avisto, mas não de perto. Uma estrela surgirá de Jacó; um cetro se levantará de Israel. Ele esmagará as frontes de Moabe e o crânio de todos os descendentes de Sete.
[18] Edom será dominado; Seir, o seu inimigo, também será dominado; Israel, porém, se fortalecerá.
[19] De Jacó sairá o governo; ele destruirá os sobreviventes das cidades”.
[20] Balaão viu Amaleque e pronunciou este oráculo: “Amaleque foi o primeiro das nações, mas o seu fim será destruição”.
[21] Depois, viu os queneus e pronunciou este oráculo: “A sua habitação é segura, o seu ninho está firmado na rocha;
[22] todavia, vocês, queneus, serão destruídos quando Assur os levar prisioneiros”.
[23] Finalmente, pronunciou este oráculo: “Ah, quem poderá viver quando Deus fizer isto?
[24] Navios virão da costa de Quitim e subjugarão Assur e Héber, mas o seu fim também será destruição”.
[25] Então, Balaão se levantou e voltou para casa, e Balaque seguiu o seu próprio caminho.