< Marcos 8

Listen to this chapter • 4 min
[1] Naqueles dias, outra vez reuniu‑se uma grande multidão. Visto que não tinham nada para comer, Jesus chamou os seus discípulos e lhes disse:
[2] ― Tenho compaixão desta multidão; já faz três dias que eles estão comigo e nada têm para comer.
[3] Se eu os mandar para casa com fome, vão desfalecer pelo caminho, porque alguns deles vieram de longe.
[4] Os seus discípulos responderam: ― Onde, neste lugar deserto, poderia alguém conseguir pão suficiente para alimentá‑los?
[5] ― Quantos pães vocês têm? — perguntou Jesus. ― Sete — responderam.
[6] Ele ordenou à multidão que sentasse no chão. Depois de pegar os sete pães e dar graças, partiu‑os e os entregou aos seus discípulos, para que os servissem à multidão, e eles o fizeram.
[7] Tinham também alguns peixes pequenos. Jesus deu graças por eles e também disse aos discípulos que os distribuíssem.
[8] Todos comeram até ficarem satisfeitos, e ajuntaram sete cestos cheios de pedaços que sobraram.
[9] Cerca de quatro mil homens estavam presentes. Tendo‑os despedido,
[10] entrou no barco com os seus discípulos e foi para a região de Dalmanuta.
[11] Os fariseus vieram e começaram a interrogar Jesus. Para pô‑lo à prova, pediram‑lhe um sinal do céu.
[12] Ele suspirou profundamente em seu espírito e disse: ― Por que esta geração pede um sinal milagroso? Em verdade lhes digo que nenhum sinal será dado a esta geração.
[13] Então, afastou‑se deles, voltou para o barco e foi para o outro lado.
[14] Os discípulos esqueceram‑se de levar pão, a não ser um pão que tinham consigo no barco.
[15] ― Prestem atenção! — advertiu Jesus. — Tenham cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes.
[16] E eles discutiam entre si, dizendo: ― É porque não temos pão.
[17] Ao perceber a discussão, Jesus lhes perguntou: ― Por que vocês estão discutindo sobre não terem pão? Ainda não compreendem nem entendem? O coração de vocês está endurecido?
[18] Vocês têm olhos, mas não veem? Têm ouvidos, mas não ouvem? Não se lembram de,
[19] quando eu parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram? ― Doze — responderam eles.
[20] ― Nem de quando eu parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram? ― Sete — responderam.
[21] Ele lhes disse: ― Vocês ainda não entendem?
[22] Então, foram para Betsaida, e algumas pessoas trouxeram um cego a Jesus, suplicando‑lhe que tocasse nele.
[23] Ele tomou o cego pela mão e o levou para fora do povoado. Depois de cuspir nos olhos do homem e impor‑lhe as mãos, Jesus perguntou: ― Você está vendo alguma coisa?
[24] Ele levantou os olhos e disse: ― Vejo pessoas; elas parecem árvores andando.
[25] Mais uma vez, Jesus colocou as mãos sobre os olhos do homem. Então, os seus olhos foram abertos, a sua visão foi restaurada e ele via tudo claramente.
[26] Jesus mandou‑o para casa, dizendo: ― Não entre no povoado!
[27] Jesus e os seus discípulos dirigiram‑se para os povoados nas proximidades de Cesareia de Filipe. No caminho, ele lhes perguntou: ― Quem o povo diz que eu sou?
[28] Eles responderam: ― Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; ainda outros, um dos profetas.
[29] ― E vocês, quem dizem que eu sou? — perguntou. Pedro respondeu: ― Tu és o Cristo.
[30] Jesus os advertiu de que não contassem a ninguém a respeito dele.
[31] Então, ele começou a ensiná‑los: ― O Filho do homem tem que sofrer muitas coisas e ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, ser morto e ressuscitar três dias depois.
[32] Ele falou claramente a esse respeito. Então, Pedro, chamando‑o à parte, começou a repreendê‑lo.
[33] Jesus, porém, voltou‑se, olhou para os seus discípulos e repreendeu Pedro, dizendo: ― Para trás de mim, Satanás! Pois você não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens.
[34] Então, ele chamou a multidão e os discípulos e disse: ― Se alguém quiser vir após mim, negue‑se a si mesmo, tome a sua cruz e siga‑me.
[35] Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá, mas quem perder a própria vida por minha causa e pelo evangelho a salvará.
[36] Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?
[37] Ou o que pode dar o homem em troca da sua vida?
[38] Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, o Filho do homem se envergonhará dele quando vier na glória do seu Pai com os santos anjos.