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< Lamentações
3
Listen to this chapter • 5 min
[1]
Eu sou o homem que viu a aflição trazida pela vara da sua ira.
[2]
Ele me conduziu e me fez andar na escuridão, não na luz;
[3]
sim, ele voltou a mão contra mim vez após vez, o tempo todo.
[4]
Fez que a minha pele e a minha carne envelhecessem e quebrou os meus ossos.
[5]
Ele me sitiou e me cercou de amargura e de pesar.
[6]
Fez‑me habitar na escuridão como os que há muito morreram.
[7]
Cercou‑me de muros, e não posso escapar; atou‑me a pesadas correntes.
[8]
Mesmo quando chamo ou grito por socorro, ele rejeita a minha oração.
[9]
Ele impediu o meu caminho com blocos de pedra lavrada; fez tortuosas as minhas sendas.
[10]
Como um urso à espreita, como um leão escondido,
[11]
arrancou‑me dos meus caminhos e despedaçou‑me, deixando‑me abandonado.
[12]
Preparou o seu arco e me fez alvo das suas flechas.
[13]
Atingiu o meu coração com flechas da sua aljava.
[14]
Tornei‑me objeto de riso de todo o meu povo; nas suas canções, eles zombam de mim o tempo todo.
[15]
Fez‑me comer ervas amargas e fartou‑me de fel.
[16]
Quebrou os meus dentes com pedras e pisoteou‑me na cinza.
[17]
Tirou‑me a paz, e esqueci‑me do que é prosperidade.
[18]
Por isso, digo: “O meu esplendor já desapareceu, bem como tudo o que eu esperava do Senhor ”.
[19]
Lembro‑me da minha aflição e do meu delírio, da minha amargura e do meu pesar.
[20]
Lembro‑me bem disso tudo, e a minha alma desfalece dentro de mim.
[21]
Todavia, lembro‑me também do que me pode dar esperança:
[22]
Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis.
[23]
Renovam‑se cada manhã; grande é a sua fidelidade!
[24]
Digo a mim mesmo: “A minha porção é o Senhor; portanto, nele porei a minha esperança”.
[25]
O Senhor é bom para com aqueles cuja esperança está nele, para com aqueles que o buscam.
[26]
Bom é esperar em silêncio pela salvação do Senhor.
[27]
Bom é que o homem suporte o jugo enquanto é jovem.
[28]
Leve‑o sozinho e em silêncio, porque o Senhor o pôs sobre ele.
[29]
Ponha a sua boca no pó; talvez ainda haja esperança.
[30]
Ofereça o rosto a quem o quer ferir e engula a desonra.
[31]
Porque o Senhor não o desprezará para sempre.
[32]
Embora ele traga tristeza, mostrará compaixão, tão grande é o seu amor leal.
[33]
Porque não é do seu agrado trazer aflição e tristeza aos filhos dos homens.
[34]
Esmagar com os pés todos os prisioneiros da terra,
[35]
negar a alguém os seus direitos, enfrentando o Altíssimo,
[36]
impedir a alguém o acesso à justiça — não veria o Senhor tais coisas?
[37]
Quem poderá falar e fazer acontecer, se o Senhor não o tiver decretado?
[38]
Não é da boca do Altíssimo que vêm tanto as desgraças como as bênçãos?
[39]
Como pode um homem em vida reclamar quando é punido pelos seus pecados?
[40]
Examinemos e ponhamos à prova os nossos caminhos e depois voltemos ao Senhor.
[41]
Levantemos o coração e as mãos para Deus, que está nos céus, e digamos:
[42]
“Pecamos e nos rebelamos, e tu não nos perdoaste.
[43]
“Tu te cobriste de ira e nos perseguiste, massacraste‑nos sem piedade.
[44]
Tu te escondeste atrás de uma nuvem para que nenhuma oração chegasse a ti.
[45]
Tu nos tornaste escória e refugo entre as nações.
[46]
“Todos os nossos inimigos escancaram a sua boca contra nós.
[47]
Sofremos terror e ciladas, ruína e destruição”.
[48]
Rios de lágrimas correm dos meus olhos porque o meu povo foi destruído.
[49]
Os meus olhos choram sem parar, sem nenhum descanso,
[50]
até que o Senhor contemple dos céus e veja.
[51]
O que eu enxergo enche‑me a alma de tristeza, por causa de todas as filhas da minha cidade.
[52]
Aqueles que, sem motivo, eram meus inimigos caçaram‑me como a um passarinho.
[53]
Procuraram fazer a minha vida acabar na cova e atiraram pedras sobre mim.
[54]
As águas me encobriram a cabeça, e cheguei a pensar que o fim de tudo tinha chegado.
[55]
Clamei pelo teu nome, Senhor, das profundezas da cova.
[56]
Tu ouviste o meu clamor: “Não feches os teus ouvidos ao meu pedido por alívio, aos meus gritos de socorro”.
[57]
Tu te aproximaste quando a ti clamei e disseste: “Não tenha medo”.
[58]
Senhor, tu assumiste a minha causa e redimiste a minha vida.
[59]
Viste, Senhor, o mal que me fizeram. Julga a minha causa!
[60]
Viste toda a vingança deles, todos os seus planos contra mim.
[61]
Senhor, tu ouviste os seus insultos, todos os seus planos contra mim,
[62]
aquilo que os meus inimigos sussurram e murmuram o tempo todo contra mim.
[63]
Olha para eles! Sentados ou em pé, zombam de mim com as suas canções.
[64]
Dá‑lhes o que merecem, Senhor, conforme o que as suas mãos fizeram.
[65]
Coloca um véu sobre o coração deles, e esteja a tua maldição sobre eles.
[66]
Persegue‑os com fúria, ó Senhor, e elimina‑os de debaixo dos teus céus.
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