Home
Explore
Religious
Music
News
Podcasts
Bible
By Genre
By Location
By Language
Download app
Log in
Sign up
< Jó
30
Listen to this chapter • 3 min
[1]
“Mas agora eles zombam de mim, homens mais jovens que eu, cujos pais eu teria rejeitado deixar até mesmo com os cães pastores do rebanho.
[2]
De que me serviria a força das mãos deles, já que perderam o vigor?
[3]
Desfigurados de tanta necessidade e fome, perambulavam pela terra ressequida, em sombrios e devastados desertos.
[4]
Nos campos de mato rasteiro colhiam ervas e se alimentavam das raízes de giesta.
[5]
Da companhia dos amigos, foram expulsos aos gritos, como se fossem ladrões.
[6]
Foram forçados a morar nos leitos secos dos rios, entre as rochas e nos buracos da terra.
[7]
Berravam entre os arbustos e se amontoavam sob a vegetação.
[8]
Prole desprezível e sem nome, foram expulsos da terra.
[9]
“E agora os filhos deles zombam de mim com as suas canções; tornei‑me um provérbio entre eles.
[10]
Eles me detestam e se mantêm a distância; não hesitam em cuspir no meu rosto.
[11]
Agora que Deus afrouxou a corda do meu arco e me afligiu, eles ficam sem freios na minha presença.
[12]
À direita, os embrutecidos me atacam; preparam armadilhas para os meus pés e constroem rampas de cerco contra mim.
[13]
Destroem o meu caminho; conseguem destruir‑me sem a ajuda de ninguém.
[14]
Avançam como através de uma grande brecha; arrojam‑se entre as ruínas.
[15]
Pavores apoderam‑se de mim; a minha dignidade é levada como pelo vento, a minha segurança se desfaz como nuvem.
[16]
“E agora esvai‑se a minha vida; estou preso a dias de sofrimento.
[17]
A noite penetra os meus ossos; as minhas dores me corroem sem cessar.
[18]
Como um manto, Deus me envolve com seu grande poder; aperta‑me como a gola da minha túnica.
[19]
Lança‑me na lama, e sou reduzido a pó e cinza.
[20]
“Clamo a ti, ó Deus, mas não me respondes; fico em pé, mas apenas olhas para mim.
[21]
Contra mim, te voltas com dureza e me atacas com a força da tua mão.
[22]
Tu me apanhas e me levas ao sabor do vento; tu me lanças de um lado a outro na tempestade.
[23]
Sei que me farás descer até a morte, ao lugar destinado a todos os viventes.
[24]
“A verdade é que ninguém dá a mão ao homem arruinado quando este, na sua aflição, grita por socorro.
[25]
Não é certo que chorei por causa dos que passavam dificuldade? Que a minha alma se entristeceu por causa dos pobres?
[26]
Mesmo assim, quando eu esperava o bem, veio o mal; quando eu procurava luz, vieram trevas.
[27]
A agitação no meu íntimo não tem fim; dias de sofrimento me confrontam.
[28]
Perambulo escurecido, mas não pelo sol; levanto‑me na assembleia e clamo por ajuda.
[29]
Tornei‑me irmão dos chacais, companheiro das corujas.
[30]
A minha pele escurece e cai; o meu corpo queima de febre.
[31]
A minha harpa está afinada para cantos fúnebres, e a minha flauta para o som de pranto.
< Chapter 29
Chapter 31 >