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< Jó
15
Listen to this chapter • 3 min
[1]
Então, Elifaz, de Temã, respondeu:
[2]
“Responderia o sábio com ideias vãs, ou encheria o estômago com o vento leste?
[3]
Argumentaria com palavras inúteis, com discursos sem valor?
[4]
Mas você sufoca o temor a Deus e diminui a devoção a ele.
[5]
O seu pecado motiva a sua boca; você adota a linguagem dos astutos.
[6]
É a sua própria boca que o condena, não a minha; os seus próprios lábios depõem contra você.
[7]
“Será que você foi o primeiro a nascer? Acaso foi gerado antes das colinas?
[8]
Você costuma ouvir o conselho secreto de Deus? Só a você pertence a sabedoria?
[9]
O que você sabe que nós não saibamos? Que compreensão tem você que também não tenhamos?
[10]
Temos do nosso lado homens de cabelos brancos, muito mais velhos que o seu pai.
[11]
Não bastam para você as consolações divinas e as nossas palavras amáveis?
[12]
Por que você se deixa levar pelo coração, e por que esse brilho nos seus olhos?
[13]
Pois contra Deus é que você dirige a sua ira e despeja da sua boca essas palavras!
[14]
“Como o homem pode ser puro? Como pode ser justo quem nasce de mulher?
[15]
Pois, se nem nos seus santos Deus confia e se nem os céus são puros aos seus olhos,
[16]
quanto mais o homem, que é impuro e corrupto, e que bebe iniquidade como água.
[17]
“Escute‑me, e eu explicarei a você; vou relatar‑lhe o que vi,
[18]
o que os sábios declaram sem esconder o que receberam dos seus pais,
[19]
a quem foi dada a terra, e a mais ninguém; nenhum estrangeiro passou entre eles:
[20]
o ímpio sofre tormentos a vida toda, como também o homem cruel, nos poucos anos que lhe são reservados.
[21]
Só ouve ruídos aterrorizantes; quando se sente em paz, ladrões o atacam.
[22]
Não tem esperança de escapar das trevas; sente‑se destinado a morrer à espada.
[23]
Fica perambulando; é comida para os abutres; sabe muito bem que logo virão sobre ele as trevas.
[24]
A aflição e a angústia o apavoram e o dominam como um rei pronto para atacar,
[25]
porque agitou os punhos contra Deus e desafiou o Todo-poderoso,
[26]
afrontando‑o com arrogância, com um escudo grosso e resistente.
[27]
“Apesar de ter o rosto coberto de gordura e a cintura estufada de carne,
[28]
habitará em cidades prestes a arruinar‑se, em casas inabitáveis, caindo aos pedaços.
[29]
Nunca mais será rico; a sua riqueza não durará, e os seus bens não se propagarão pela terra.
[30]
Não poderá escapar das trevas; o fogo chamuscará os seus renovos, e o sopro da boca de Deus o arrebatará.
[31]
Que ele não se iluda em confiar no que não tem valor, pois nada receberá como compensação.
[32]
Terá completa paga antes do tempo, e os seus ramos não florescerão.
[33]
Será como a vinha despojada das suas uvas verdes, como a oliveira que perdeu a sua floração,
[34]
pois o companheirismo dos ímpios nada lhe trará, e o fogo devorará as tendas dos que gostam de subornar.
[35]
Eles concebem maldade e dão à luz a iniquidade; o seu ventre gera engano”.
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