< 13

Listen to this chapter • 2 min
[1] “Os meus olhos viram tudo isso; os meus ouvidos o ouviram e entenderam.
[2] O que vocês sabem eu também sei; não sou inferior a vocês.
[3] Mas desejo falar ao Todo-poderoso e defender a minha causa diante de Deus.
[4] Vocês, porém, mascaram a verdade com mentiras; todos vocês são médicos que de nada valem!
[5] Quem dera ficassem calados! Isso seria sábio da parte de vocês.
[6] Escutem agora o meu argumento; prestem atenção na réplica dos meus lábios.
[7] Vocês falarão com maldade em nome de Deus? Argumentarão com engano em favor dele?
[8] Falarão assim para favorecê‑lo? Advogarão desse modo a causa de Deus?
[9] Tudo iria bem se ele os examinasse? Vocês conseguiriam enganá‑lo como podem enganar os homens?
[10] Com certeza, ele os repreenderia se, em secreto, vocês fossem parciais.
[11] O esplendor dele não os aterrorizaria? O pavor dele não cairia sobre vocês?
[12] As máximas que vocês citam são provérbios de cinzas; as suas defesas não passam de barro.
[13] “Aquietem‑se e deixem‑me falar; e aconteça comigo o que acontecer.
[14] Por que me ponho em perigo e tomo a minha vida nas minhas mãos?
[15] Embora ele me mate, ainda assim esperarei nele; certo é que defenderei os meus caminhos diante dele.
[16] Aliás, será esta a minha libertação: nenhum ímpio ousaria apresentar‑se a ele!
[17] Escutem atentamente as minhas palavras; que os seus ouvidos acolham o que eu digo.
[18] Agora que preparei a minha defesa, sei que serei justificado.
[19] Haverá quem me acuse? Se houver, ficarei calado e morrerei.
[20] “Concede‑me, ó Deus, apenas estas duas coisas e não me esconderei de ti:
[21] Afasta de mim a tua mão e não mais me assustes com os teus terrores.
[22] Chama‑me, e eu responderei, ou deixa‑me falar, e tu responderás.
[23] Quantos erros e pecados cometi? Mostra‑me a minha falta e o meu pecado.
[24] Por que escondes o teu rosto e me consideras inimigo?
[25] Atormentarás uma folha levada pelo vento? Perseguirás a palha?
[26] Pois fazes constar contra mim coisas amargas e me fazes herdar os pecados da minha juventude.
[27] Acorrentas os meus pés e vigias todos os meus caminhos, pondo limites aos meus passos.
[28] “Assim o homem se consome como coisa podre, como a roupa que a traça vai roendo.