< Jeremias 15

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[1] Então, o Senhor me disse: ― Ainda que Moisés e Samuel estivessem diante de mim, intercedendo por este povo, eu não lhes mostraria favor. Expulse‑os da minha presença! Que saiam!
[2] Se perguntarem a você: “Para onde iremos?”, diga‑lhes: “Assim diz o Senhor: “Os destinados à morte, para a morte; os destinados à espada, para a espada; os destinados à fome, para a fome; os destinados ao cativeiro, para o cativeiro”.
[3] ― Enviarei quatro tipos de males contra eles — declara o Senhor: a espada para matar, os cães para dilacerar, as aves do céu e os animais selvagens da terra para devorar e destruir.
[4] Farei deles motivo de terror para todos os reinos da terra, por tudo o que Manassés, filho de Ezequias, rei de Judá, fez em Jerusalém.
[5] “Quem terá compaixão de você, ó Jerusalém? Quem se lamentará por você? Quem vai parar e perguntar como você está?
[6] Você me rejeitou”, declara o Senhor. “Você vive se desviando. Por isso, porei as mãos em você e a destruirei; cansei‑me de mostrar compaixão.
[7] Eu os espalharei ao vento com um forcado nas portas desta terra. Deixei‑os sem filhos, destruí o meu povo, pois não se converteram dos seus caminhos.
[8] Fiz que as suas viúvas se tornassem mais numerosas do que a areia do mar. Ao meio-dia, eu trouxe um destruidor contra as mães dos jovens guerreiros; fiz cair sobre elas repentina angústia e pavor.
[9] A mãe de sete filhos desmaiou e está ofegante. Para ela, o sol se pôs enquanto ainda era dia; ela foi envergonhada e humilhada. Entregarei os sobreviventes à espada diante dos seus inimigos”, declara o Senhor.
[10] Ai de mim, minha mãe, por me haver dado à luz! Pois sou um homem em luta e em contenda com toda a terra! Nunca emprestei nem tomei emprestado; mesmo assim, todos me amaldiçoam.
[11] O Senhor disse: “Eu certamente o fortalecerei para o bem; certamente farei que o inimigo suplique a você no tempo da desgraça e da adversidade.
[12] “Será alguém capaz de quebrar o ferro, o ferro que vem do norte, ou o bronze?
[13] “De graça, darei a sua riqueza e os seus tesouros como despojos, por causa de todos os seus pecados em toda a sua terra.
[14] Eu os tornarei escravos dos seus inimigos, em uma terra que vocês não conhecem, pois a minha ira acenderá um fogo que arderá contra vocês”.
[15] Tu me conheces, Senhor; lembra‑te de mim, vem em meu auxílio e vinga‑me dos meus perseguidores. Que, pela tua paciência para com eles, eu não seja eliminado. Sabes que sofro afronta por tua causa.
[16] Quando as tuas palavras foram encontradas, eu as comi; elas foram o meu júbilo e a alegria do meu coração, pois levo o teu nome, ó Senhor, Deus dos Exércitos!
[17] Jamais me sentei na companhia dos que se divertem, nunca festejei com eles. Sentei‑me sozinho, porque a tua mão estava sobre mim e me encheste de indignação.
[18] Por que é permanente a minha dor, e a minha ferida é grave e incurável? Por que te tornaste para mim como um riacho seco, cujos mananciais falham?
[19] Assim respondeu o Senhor: “Se você se arrepender, eu o restaurarei para que possa me servir; se você disser palavras de valor, não indignas, será o meu porta-voz. Deixe este povo voltar‑se para você, mas não se volte para eles.
[20] Eu farei de você um muro de bronze fortificado diante deste povo. Eles lutarão contra você, mas não o vencerão, pois estou com você para resgatá‑lo e salvá‑lo”, declara o Senhor.
[21] “Eu o livrarei das mãos dos maus e o resgatarei das garras dos violentos”.