< Hebreus 12

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[1] Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo‑nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve e corramos com perseverança a corrida proposta para nós,
[2] tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, ao desprezar a vergonha, e assentou‑se à direita do trono de Deus.
[3] Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem desanimem.
[4] Na luta contra o pecado, vocês ainda não resistiram a ponto de derramar o próprio sangue.
[5] Vocês se esqueceram da palavra de ânimo que ele dirige a vocês como a filhos: “Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão,
[6] pois o Senhor disciplina a quem ama e castiga todo aquele a quem aceita como filho”.
[7] Perseverem na disciplina; Deus os trata como filhos. Ora, que filho não é disciplinado pelo pai?
[8] Todavia, se vocês ficarem sem disciplina, da qual todos se tornaram participantes, então vocês são bastardos, não filhos.
[9] Além disso, tínhamos pais humanos que nos disciplinavam, e nós os respeitávamos. Quanto mais devemos submeter‑nos ao Pai espiritual, para assim vivermos!
[10] Os nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; Deus, porém, nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade.
[11] Nenhuma disciplina parece motivo de alegria no momento em que é recebida, mas sim motivo de tristeza. Mais tarde, no entanto, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados.
[12] Portanto, “fortaleçam as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes”.
[13] “Façam caminhos retos para os seus pés”, para que o manco não se desvie; antes, seja curado.
[14] Busquem a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.
[15] Tomem cuidado para que ninguém se afaste da graça de Deus e para que nenhuma raiz de amargura, ao brotar, cause perturbação e contamine muitos;
[16] para que não haja nenhum imoral ou profano, como Esaú, que por uma única refeição vendeu os seus direitos de herança como filho primogênito.
[17] Como vocês sabem, ele foi rejeitado posteriormente quando quis herdar essa bênção, porque não encontrou lugar para arrependimento, embora a buscasse com lágrimas.
[18] Vocês não chegaram ao monte que se podia tocar e que estava em chamas, nem às trevas, nem à escuridão, nem à tempestade,
[19] nem ao soar da trombeta, nem ao som de palavras tais que os ouvintes rogaram que nada mais lhes fosse dito,
[20] porque não podiam suportar o que lhes estava sendo ordenado: “Até um animal, se tocar no monte, deve ser apedrejado”.
[21] O espetáculo era tão apavorante que Moisés disse: “Estou trêmulo de medo!”.
[22] Vocês, porém, chegaram ao monte Sião, à Jerusalém celestial, à cidade do Deus vivo. Chegaram aos milhares de milhares de anjos em alegre reunião,
[23] à igreja dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus. Vocês chegaram a Deus, o Juiz de todos os homens; ao espírito dos justos que foram aperfeiçoados;
[24] a Jesus, o mediador de uma nova aliança; e ao sangue aspergido, que fala melhor do que o sangue de Abel.
[25] Tomem cuidado para não rejeitarem aquele que fala. Pois, como não escaparam os que se recusaram a ouvir quem os advertia na terra, muito menos nós, se rejeitarmos aquele que nos adverte dos céus!
[26] A voz dele naquela ocasião abalou a terra, mas agora promete: “Uma vez mais, abalarei não apenas a terra, mas também o céu”.
[27] As palavras “uma vez mais” indicam a remoção das coisas mutáveis, isto é, das coisas criadas, de forma que permaneça o que é inabalável.
[28] Portanto, já que estamos recebendo um reino inabalável, sejamos agradecidos e, assim, adoremos a Deus de modo aceitável, com reverência e temor,
[29] pois o nosso “Deus é fogo consumidor”.