[1] ― Ao final de cada sete anos, as dívidas deverão ser canceladas.
[2] Isso deverá ser feito da seguinte forma: todo credor cancelará o empréstimo que fez ao seu próximo. Nenhum israelita exigirá pagamento do seu próximo ou do seu parente, porque terá sido proclamado o tempo do Senhor para o cancelamento das dívidas.
[3] Vocês poderão exigir pagamento do estrangeiro, mas terão que cancelar qualquer dívida dos seus irmãos israelitas.
[4] Entretanto, não deverá haver pobre algum no meio de vocês, porque, na terra que o Senhor, o seu Deus, dá a vocês como herança para que dela tomem posse, ele os abençoará generosamente,
[5] contanto que obedeçam em tudo ao Senhor, o Deus de vocês, e ponham em prática todos estes mandamentos que hoje lhes ordeno.
[6] Pois o Senhor, o seu Deus, os abençoará conforme prometeu, e vocês emprestarão a muitas nações, mas de nenhuma tomarão emprestado. Vocês dominarão muitas nações, mas por nenhuma serão dominados.
[7] ― Se houver algum israelita pobre em qualquer das cidades da terra que o Senhor, o seu Deus, dá a vocês, não endureçam o coração nem fechem a mão para esse irmão.
[8] Ao contrário, tenham mão aberta e emprestem‑lhe liberalmente o que ele precisar.
[9] Cuidado! Que nenhum de vocês alimente este pensamento perverso: “O sétimo ano, o ano do cancelamento das dívidas, está se aproximando, e não quero ajudar o meu irmão pobre”. Ele poderá apelar para o Senhor contra vocês, e vocês serão culpados desse pecado.
[10] Deem‑lhe generosamente e sem relutância no coração, pois, por isso, o Senhor, o Deus de vocês, os abençoará em todo o seu trabalho e em tudo o que fizerem.
[11] Sempre haverá pobres na terra. Portanto, eu ordeno a vocês que sejam generosos com os seus irmãos israelitas, tanto com o pobre como com o necessitado da sua terra.
[12] ― Se o seu compatriota hebreu, homem ou mulher, for vendido a vocês e servir‑lhes por seis anos, no sétimo ano deem‑lhe a liberdade.
[13] Quando o fizerem, não o mandem embora de mãos vazias.
[14] Deem‑lhe com generosidade dos animais do seu rebanho, do produto da sua eira e do seu lagar. Deem‑lhe conforme a bênção que o Senhor, o seu Deus, tem dado a vocês.
[15] Lembrem‑se de que vocês foram escravos no Egito e que o Senhor, o seu Deus, os redimiu. É por isso que hoje lhes dou esta ordem.
[16] ― Se, porém, o escravo disser a vocês: “Não quero ir embora”, porque ama vocês, bem como a família de vocês, e não tem falta de nada,
[17] então apanhem um furador e furem a orelha dele contra a porta, e ele será escravo de vocês para o resto da vida. Façam o mesmo com a escrava.
[18] ― Não se sintam prejudicados ao libertar um escravo, pois o serviço que ele prestou a vocês nesses seis anos custou a metade do serviço de um trabalhador contratado. Além disso, o Senhor, o seu Deus, os abençoará em tudo o que vocês fizerem.
[19] ― Separem para o Senhor, o seu Deus, todo primeiro macho das suas vacas e ovelhas. Não usem a primeira cria das suas vacas para trabalhar nem tosquiem a primeira cria das suas ovelhas.
[20] Todo ano, vocês e as suas famílias as comerão na presença do Senhor, o seu Deus, no local que ele escolher.
[21] Se o animal tiver defeito, for manco ou cego, ou tiver qualquer outro defeito grave, vocês não deverão sacrificá‑lo ao Senhor, o seu Deus.
[22] Comam‑no na cidade onde estiverem morando, como se fosse a carne da gazela ou do veado, quer vocês estejam cerimonialmente puros, quer não.
[23] Contudo, vocês não comerão o sangue; derramem‑no no chão como se fosse água.