< 2 Reis 23

Listen to this chapter • 8 min
[1] Depois disso, o rei convocou todas as autoridades de Judá e de Jerusalém.
[2] Em seguida, o rei subiu ao templo do Senhor acompanhado por todos os homens de Judá, todo o povo de Jerusalém, os sacerdotes e os profetas: todo o povo, dos mais simples aos mais importantes. Na presença deles, o rei leu em alta voz todas as palavras do livro da aliança que havia sido encontrado no templo do Senhor.
[3] O rei pôs‑se junto à coluna e, na presença do Senhor, fez uma aliança, comprometendo‑se a seguir o Senhor e a obedecer de todo o coração e de toda a alma aos seus mandamentos, aos seus testemunhos e aos seus estatutos, confirmando, assim, as palavras da aliança escritas naquele livro. Então, todo o povo se comprometeu com a aliança.
[4] O rei deu ordens ao sumo sacerdote Hilquias, aos sacerdotes auxiliares e aos guardas das portas que retirassem do templo do Senhor todos os utensílios feitos para Baal, para Aserá e para todos os exércitos celestes. Ele os queimou fora de Jerusalém, nos campos do vale do Cedrom, e levou as cinzas para Betel.
[5] Eliminou os sacerdotes idólatras nomeados pelos reis de Judá para queimar incenso nos santuários locais das cidades de Judá e dos arredores de Jerusalém, aqueles que queimavam incenso a Baal, ao sol e à lua, às constelações e a todos os exércitos celestes.
[6] Também mandou levar o poste de Aserá do templo do Senhor para o vale do Cedrom, fora de Jerusalém, para ser queimado ali e reduzido a cinzas, que foram espalhadas sobre os túmulos de um cemitério público.
[7] Além disso, derrubou as acomodações dos prostitutos cultuais, que ficavam no templo do Senhor, onde as mulheres teciam para Aserá.
[8] Josias trouxe todos os sacerdotes das cidades de Judá e, desde Geba até Berseba, profanou os santuários locais onde os sacerdotes haviam queimado incenso. Derrubou os santuários locais à entrada da porta de Josué, o governador da cidade, que fica à esquerda da porta da cidade.
[9] Embora os sacerdotes dos santuários locais não servissem no altar do Senhor em Jerusalém, comiam pães sem fermento com os outros sacerdotes, os seus parentes.
[10] Também profanou Tofete, que ficava no vale de Ben-Hinom, de modo que ninguém mais pudesse usá‑lo para sacrificar no fogo o seu filho ou a sua filha a Moloque.
[11] Acabou com os cavalos que os reis de Judá tinham consagrado ao sol e que ficavam à entrada do templo do Senhor, perto da sala de um oficial chamado Natã-Meleque, que ficava junto ao pátio. Josias também queimou as carruagens consagradas ao sol.
[12] Derrubou os altares que os reis de Judá haviam erguido no terraço, em cima do quarto superior de Acaz, e os altares que Manassés havia construído nos dois pátios do templo do Senhor. Retirou‑os dali, despedaçou‑os e atirou o entulho no vale do Cedrom.
[13] O rei também profanou os santuários locais que ficavam a leste de Jerusalém, ao sul do monte da Destruição, os quais Salomão, rei de Israel, havia construído para Astarote, a deusa repugnante dos sidônios, para Camos, o deus repugnante de Moabe, e para Moloque, o detestável deus do povo de Amom.
[14] Josias despedaçou as colunas sagradas, derrubou os postes de Aserá e cobriu os locais com ossos humanos.
[15] Até mesmo o altar de Betel, o santuário local edificado por Jeroboão, filho de Nebate, que levou Israel a pecar; até aquele altar e o santuário ele os demoliu. Queimou o santuário e o reduziu a pó, queimando também o poste de Aserá.
[16] Quando Josias olhou em volta e viu os túmulos que havia na colina, mandou retirar os ossos dos túmulos e queimá‑los no altar a fim de profaná‑lo, conforme a palavra do Senhor proclamada pelo homem de Deus que havia predito essas coisas.
[17] O rei perguntou: ― Que monumento é este que estou vendo? Os homens da cidade disseram: ― É o túmulo do homem de Deus que veio de Judá e proclamou estas coisas que tu fizeste ao altar de Betel.
[18] Então, ele disse: ― Deixem‑no em paz. Ninguém toque nos seus ossos. Assim, pouparam os seus ossos, bem como os do profeta que tinha vindo de Samaria.
[19] Como havia feito em Betel, Josias removeu todos os santuários locais que os reis de Israel haviam construído nas cidades de Samaria para provocar a ira de Deus.
[20] Josias também mandou sacrificar todos os sacerdotes daqueles santuários locais e queimou ossos humanos sobre os altares. Depois, voltou a Jerusalém.
[21] Então, o rei deu a seguinte ordem a todo o povo: ― Celebrem a Páscoa ao Senhor, o seu Deus, conforme está escrito neste livro da aliança.
[22] Nem nos dias dos juízes que lideraram Israel, nem durante todos os dias dos reis de Israel e dos reis de Judá, havia sido celebrada uma Páscoa como aquela.
[23] Contudo, no décimo oitavo ano do reinado de Josias, essa Páscoa foi celebrada ao Senhor em Jerusalém.
[24] Além disso, Josias eliminou os médiuns, os que consultavam espíritos, os ídolos da família, os outros ídolos e todas as outras coisas repugnantes que havia em Judá e em Jerusalém. Ele fez isso para cumprir as exigências da lei escritas no livro que o sacerdote Hilquias havia descoberto no templo do Senhor.
[25] Nem antes nem depois de Josias houve um rei como ele, que se voltasse para o Senhor de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças, de acordo com toda a lei de Moisés.
[26] Entretanto, o Senhor manteve o furor da sua grande ira, que se acendeu contra Judá por causa de tudo o que Manassés fizera para provocar a sua ira.
[27] Por isso, o Senhor disse: ― Também retirarei Judá da minha presença, assim como retirei Israel, e rejeitarei Jerusalém, a cidade que escolhi, e este templo, do qual eu disse: “Ali porei o meu nome”.
[28] Os demais acontecimentos do reinado de Josias, e tudo o que realizou, constam nos registros históricos dos reis de Judá.
[29] Durante o seu reinado, o faraó Neco, rei do Egito, avançou até o rio Eufrates ao encontro do rei da Assíria. O rei Josias marchou para combatê‑lo, mas o faraó Neco o enfrentou e o matou em Megido.
[30] Os oficiais de Josias levaram o seu corpo em uma carruagem de Megido para Jerusalém e o sepultaram no seu próprio túmulo. O povo da terra tomou Jeoacaz, filho de Josias, ungiu‑o e o proclamou rei no lugar do seu pai.
[31] Jeoacaz tinha vinte e três anos de idade quando começou a reinar e reinou três meses em Jerusalém. A mãe dele chamava‑se Hamutal, filha de Jeremias, e era de Libna.
[32] Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, tal como os seus antepassados.
[33] O faraó Neco o prendeu em Ribla, na terra de Hamate, de modo que não mais reinou em Jerusalém. O faraó também impôs a Judá um tributo de cem talentos de prata e um talento de ouro.
[34] Pôs Eliaquim, filho de Josias, como rei no lugar de Josias, o seu pai, e mudou o nome de Eliaquim para Jeoaquim. No entanto, levou Jeoacaz consigo para o Egito, onde ele morreu.
[35] Jeoaquim pagou ao faraó Neco a prata e o ouro. Para cumprir as exigências do faraó, Jeoaquim impôs tributos ao povo da terra, cobrando a prata e o ouro de cada um conforme as suas posses.
[36] Jeoaquim tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e reinou onze anos em Jerusalém. A mãe dele chamava‑se Zebida, filha de Pedaías, e era de Ruma.
[37] Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, tal como os seus antepassados.